3 passos para criar resistência na cadeia de distribuição

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3 passos para criar resistência na cadeia de distribuição

Por Anne van de Heetkamp*

Dar-se conta de potenciais fraquezas na cadeia de distribuição antes de que sejam expostas, é um valor crítico. Para qualquer empresa a próxima grande ruptura não necessariamente será uma pandemia. Pode ser algo com o mesmo efeito de devastação, seja em rotas comerciais específicas ou em determinada indústria. Contudo, a imprevisibilidade de um evento não é desculpa para estar desprevenido. Criar resistência nos canais de distribuição é um exercício holístico que envolve muito mais do que um time experiente de logística. Como então construir uma estratégia? Confira abaixo os três passos:

1) Revise rotas comerciais e faça um levantamento das categorias de risco

Revise rotas, produtos e fluxos de materiais, elencando suas respectivas categorias de risco. Entre estas estão mão de obra, risco inerente ao negócio, comércio global e materiais. Os componentes relevantes a serem revisados nos canais de distribuição incluem países de importação e exportação, locais de manufatura, commodities e matéria-prima. Entender o mercado requer insights relacionados a escassez, locais e flutuações de preço. Não podemos nos esquecer também de tendências ligadas a cibersegurança, corrupção, falsificações e parcerias desvantajosas. Por fim, o risco mais imprevisível, mas não menos esperado, é a natureza, trazendo pandemias, terremotos, furacões etc.

2) Relacione riscos às categorias elencadas

As avaliações de riscos devem ser relacionadas às suas diversas categorias mapeadas anteriormente. É necessário criar um perfil minucioso e detalhado. Seguem alguns exemplos de possíveis questionamentos a serem feitos nessa etapa: Quanto vulnerável é a localização da manufatura em termos de regulamentações trabalhistas, corrupção, ou enchentes? Há alguma área de livre-comércio que poderia potencialmente reduzir o direito de importação? Em que parte dos canais de distribuição um ciberataque é mais esperado? etc.

3) Busque alternativas

Recrie rotas ou abasteça-se temporariamente de um novo fornecedor. Certifique-se de que haja alternativas viáveis e tente estabelecer acordos antes de desastres, para que os custos projetados possam ser melhor antecipados. E, por último, mantenha seus planos alternativos atualizados. Caso contrário, pode ser muito tarde para criá-los e executá-los do zero.

* Anne van de Heetkamp é VP em Gerenciamento de Produtos GTC da Descartes