Retração no faturamento do setor atacadista distribuidor é menor em janeiro

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Por Abad News

 

Depois de uma forte queda em dezembro de 2017, quando o faturamento do setor atacadista distribuidor apresentou retração de mais de 10% em relação ao mesmo mês de 2016 – resultado também influenciado pelo efeito sazonal –, o desempenho do setor foi melhor em janeiro de 2018, tornando a retração bem menor. A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), mostra, em termos nominais, recuo de -1,21% em janeiro de 2018 em relação ao mesmo mês de 2017. Na comparação com o mês de dezembro de 2017, a retração foi de -7,63%.

“Com um ambiente mais favorável ao consumo, inflação baixa e queda nos juros ao consumidor, o setor vislumbra melhores perspectivas para 2018. Mas é imperativo que os sinais de reativação no mercado de trabalho tornem-se consistentes para elevar o poder aquisitivo do consumidor e, consequentemente, influenciar as vendas do varejo. No quesito confiança, tanto do comércio quanto do consumidor, estamos avançando, mas isso é inócuo se não tivermos mais postos de trabalho”, afirma Emerson Destro, presidente da ABAD.

A base fraca de comparação em 2017 deve também ajudar a colocar o faturamento do setor em patamares positivos. “Os dois últimos anos foram terríveis para o setor produtivo. E ficou ainda pior por conta dos episódios políticos. Porém, apesar do prognóstico ruim, com medidas corretas o governo conseguiu colocar o país de novo na rota do crescimento”, complementa Destro. A previsão do setor para 2018 é positiva: crescimento de até 1,5%.

Otimismo

Dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) demonstram que o varejo deve apresentar em 2018 o melhor resultado de abertura de lojas dos últimos cinco anos.  Segundo a entidade, o saldo entre aberturas e fechamentos neste ano será positivo em 20,7 mil estabelecimentos comerciais.

O saldo positivo em 2018, de acordo com a CNC, ainda está longe de reverter o desempenho ruim nos três últimos anos de recessão, com 226,5 mil lojas fechadas, mas é um sinal de que a reação na demanda começa a influenciar positivamente a economia real, com possível impacto positivo no emprego no futuro.