Diretor do MIT Center of Transportation on Logistics (CTL) do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, o professor Yossi Sheffi destacou os principais impactos da Revolução 4.0 em palestra proferida durante a XXI Conferência Nacional de Logística (CNL), organizada pela Abralog (Associação Brasileira de Logística) durante a 24ª Intermodal South America. O impacto só não é maior, destaca, pois ainda há uma desconfiança na substituição do controle humano por um computador. “É um aspecto cultural que precisa ser superado”, frisa.
Ele cita como exemplo o resultado obtido por caminhões autônomos que funcionam com o mínimo de interação humana em Denver e Massachussets. “São capazes de percorrer 2.700 quilômetros sem parar. O mercado precisa ficar atento e superar essas barreiras culturais. A Uber, por exemplo, adquiriu a empresa de caminhões autônomos Otto e a Intel comprou a startup de carros autônomos Mobileye. Em longo prazo, teremos a diminuição de centros de distribuição e o fim das transportadoras como conhecemos hoje”, observa.
Yossi Sheffi também vê um futuro promissor para o cloud computing e o blockchain no segmento logístico. “O blockchain é um livro de registro eletrônico na rede. Uma vez escrito, é imutável. Cada participante tem cópia e ninguém pode apagar. Mesmo que ainda esteja em sua fase inicial de utilização na logística, permite avaliar que podemos ter uma governança mais inteligente nos processos”, afirma.