Expansão e retomada de projetos aquecem mercado de condomínios logísticos no primeiro trimestre

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Expansão e retomada de projetos aquecem mercado de condomínios logísticos no primeiro trimestre

Pesquisa da JLL mostra que, mesmo com alto volume de devoluções, segmento anunciou obras e tem expectativa de crescimento em 2019

O mercado nacional de locação de condomínios logísticos de alto padrão apresentou avanços no primeiro trimestre de 2019, impulsionado por expansões e anúncio de novos estoques, ainda que o volume de devoluções tenha se mantido alto. É o que aponta a pesquisa First Look, da consultoria imobiliária JLL.

No período, alguns proprietários, principalmente no mercado de São Paulo, já iniciaram obras para novos projetos, além de expansões de condomínios já existentes. No primeiro trimestre de 2019, foram entregues apenas 97 mil m², mas a previsão de entrega para os próximos trimestres do ano é de 853 mil m² – volume 61% superior ao registrado em 2018.

A absorção líquida, que expressa a diferença entre áreas locadas e devolvidas, ficou em 248 mil m² nos primeiros três meses do ano. Apesar de a absorção bruta, que ficou em 566 mil m² ter crescido 3% em relação ao trimestre passado, o volume de devoluções (318 mil m²) também foi maior, fazendo com que a absorção líquida caísse. Ainda assim, o preço médio pedido é superior ao do primeiro trimestre de 2018.

Já a taxa de vacância permanece em queda, com 1,2 ponto percentual menor em relação ao mesmo período do ano passado.

No Brasil, um total de 97 mil m² de novos estoques do segmento foi entregue no período. O volume entregue ficou abaixo do projetado pelo mercado. Cerca de 70% da metragem prevista para os primeiros meses do ano foi postergada para o segundo trimestre. A expectativa é de que sejam entregues 368 mil m² no próximo trimestre e mais 485 mil m² até o final do ano.

“A recuperação do segmento acontecerá primeiro nas áreas consolidadas como a região metropolitana de São Paulo e Jundiaí, seguidas pelos mercados secundários ainda neste ano”, analisa André Romano, da área de Pesquisa e Inteligência de Mercado da JLL.

O preço médio pedido ficou em R$ 18,34, o que indicou uma leve alta, mas seguiu a tendência observada nos últimos trimestres. “Acreditamos que os preços mantenham-se estáveis ao longo do ano, após leve alta nesse início de ano”, diz Renan Cardoso, do time de pesquisa Pesquisa e Inteligência de Mercado da JLL.

Setor de transporte e logística é responsável por 42% das expansões

Os Estados do Rio de Janeiro, Paraná e Amazonas fecharam o primeiro trimestre com absorção líquida negativa.

“Uma parte expressiva das transações neste início do ano veio de expansões, com mais de 20% do total. O destaque ficou para o setor de Transporte e Logística no estado de São Paulo, que representou 42% do total de transações no período”, afirma Romano.

O relatório da JLL mostrou que os principais segmentos envolvidos nas transações do primeiro trimestre foram:

  • Logística e transporte: 42%
  • Mineração, metalurgia e siderurgia: 28%
  • Veículos e peças: 12%
  • Bens de capital: 10%

Expansões são responsáveis por uma parte significativa das absorções

As expansões foram responsáveis por aproximadamente 21% das transações neste primeiro trimestre, sendo que, no total, foram 120 mil m² em expansões.

Locações como a da Kuehne+ Nagel (22 mil m²) no GLP Louveira I e da DSM (17 mil m²) no Centro Logístico Castelo 57 figuraram entre maiores negócios do trimestre.

As regiões de Jundiaí (SP) e da Pavuna (RJ) foram responsáveis por 30% das devoluções. Na cidade do interior paulista, foi devolvido um total de 57 mil m², sendo uma das principais devoluções a do GR Louveira, com 11 mil m² devolvidos pela Ambev. Já na Pavuna, foram computados 37 mil m² em devoluções, sendo a mais relevante os 18 mil m² devolvidos pela varejista Ricardo Eletro no Distribution Park Rio de Janeiro.

Para ver o relatório First Look JLL completo, clique aqui.

Condomínios Logísticos – principais indicadores:

Brasil

Preço médio pedido: R$18,34 (+0,98% em relação ao último trimestre)

Estoque total: 18.761.416 m²

Espaço vago: 3.952.908 m²

Espaço Ocupado: 14.808.509 m²

Taxa de vacância: 21,07% (-1,22 p.p. em relação ao último trimestre)

Absorção Bruta: 565.720 m²

Absorção líquida: 248.155 m²

Estoque entregue: 97.177 m²

Estoque previsto: 853.130 m²

São Paulo

Preço médio pedido: R$18,23 (+0,81% em relação ao último trimestre)

Estoque total: 10.882.696 m²

Espaço vago: 2.306.842 m²

Espaço Ocupado: 8.509.010 ²

Taxa de vacância: 21,20% (-2,1 p.p. em relação ao último trimestre)

Absorção Bruta: 377.945 m²

Absorção líquida: 234.327 m²

Estoque entregue: 51.344 m²

Estoque previsto: 533.482 m²

Rio de Janeiro

Preço médio pedido: R$20,10 (+1,92% em relação ao último trimestre)

Estoque total: 2.425.104 m²

Espaço vago: 689.768 m²

Espaço Ocupado: 1.735.336 m²

Taxa de vacância: 28,44% (+1,62 p.p. em relação ao último trimestre)

Absorção Bruta: 62.033 m²

Absorção líquida: -7.535 m²

Estoque entregue: 23.314 m²

Estoque previsto: 126.174 m²

Maiores informações à imprensa:  thays@tecere.com.br                                                                                                     11-97100-3782