Inteligência artificial é a última fronteira dos processos logísticos
Por Diogo Louro*
Termo que está em alta no ambiente corporativo, a inteligência artificial (IA) é um dos sonhos de consumo dos empresários justamente por possibilitar maior produtividade e eficiência sem necessidade de ampliar a infraestrutura. Na logística, o recurso é ainda mais aguardado, uma vez que utilizá-lo pode resolver um dos grandes entraves da economia brasileira: garantir o deslocamento de produtos em todo o território nacional com agilidade, praticidade e, principalmente, economia às empresas.
É inegável que o setor desempenha um papel importante na rentabilidade das corporações. A última edição da Pesquisa Custos Logísticos, realizada pela Fundação Dom Cabral, revela um impacto de 12,37% no orçamento das grandes empresas – acréscimo de R$ 15,5 bilhões em relação ao levantamento anterior. Isso torna a busca por novas soluções tecnológicas uma alternativa para diminuir esse custo. Não à toa, o estudo da Supply Chain Insights mostra que 93% dos profissionais da área acreditam que meios como big data serão primordiais até 2020.
A IA é, por essência, o mecanismo computacional que busca reproduzir partes específicas do raciocínio humano, mas com poder de processamento e tomadas de decisão absurdamente maior. Na logística, qualquer processo que possua lógica de fluxo de informação, serviços e produtos pode ser identificada, reconhecida e sistematizada por tais ferramentas. Assim, consegue ser otimizada, ou seja, permite avaliar, adotar medidas melhores e mais efetivas do que se fosse feito por uma pessoa.
Na prática, isso significa dizer que diversas soluções e ferramentas incorporar essa tecnologia em suas rotinas. Seu uso vai desde previsão de demanda e controle de estoque, passando por sistemas de pedidos e de reposição, roteirização de veículos, composição de cargas, localização de itens em armazéns, entre outros.
Embora existam muitas pesquisas sobre IA nos diversos campos de atuação do mercado, o seu desenvolvimento é incipiente no Brasil e no mundo. As aplicações existentes são pontuais e dedicadas a nichos específicos. Em suma: há espaço considerável para planejamento e criação de novas soluções voltadas à logística aqui e lá fora.
Para mudar esse cenário, em primeiro lugar as empresas precisam aumentar sua maturidade, tanto em procedimentos quanto em informações. A premissa básica dessas ferramentas é gestão e organização – a primeira etapa de um processo maior conhecido como data mining. Sem a existência de estrutura orientada a dados, que inclui a limpeza, organização, e reconhecimento de padrões, a mineração (data mining) fica prejudicada e o resultado não será satisfatório.
Por conta disso, a padronização dos processos é o principal desafio enfrentado pelas companhias. Um segundo obstáculo é o conhecimento técnico dos profissionais que trabalham na área. Muitos esquecem que o computador não aprende sozinho! Por trás da IA, existem lógicas matemáticas e estatísticas usadas com métodos computacionais.
Porém, quando essas questões forem resolvidas, as empresas observarão uma melhoria direta e clara na tomada de decisão dentro de sua rotina. A presença da IA na logística possibilita alcançar resultados de qualidade com a mesma estrutura existente ou até com menos recursos – o verdadeiro conceito de otimização por reduzir custos e aumentar o nível de serviço ao cliente.
É preciso reconhecer que a IA é o último degrau em relação à evolução dos processos logísticos. O setor tem um limite claro, que é o espaço físico. O produto precisa ir do ponto A ao B de alguma forma. Logo, com esse aperfeiçoamento nas questões citadas, os limites estarão nos custos, na capacidade e no tempo. Com a aplicação de IA em toda a cadeia de suprimentos, somente um eventual teletransporte vai revolucionar o setor – o que, convenhamos, não há ainda possibilidades reais de acontecer. Assim, os próximos anos acompanharão o desenvolvimento desse conceito nas redes de suprimento e o consequente aumento de integração dos elos da cadeia. A tendência é que tudo funcione de forma que as decisões tomadas serão as mais benéficas para os envolvidos nesse contexto.
* Diogo Louro é Head de Logística na Nimbi, empresa de tecnologia especializada em supply chain management, com soluções que aumentam a produtividade e geram economia para as organizações
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A Nimbi é uma empresa de tecnologia especializada em supply chain management, com soluções que aumentam a produtividade e geram economia para as organizações. Com tecnologias inteiramente na nuvem, sua plataforma já transacionou mais de R$ 120 bilhões, atendendo todos os elos da cadeia de suprimentos, desde a busca, homologação e negociação de fornecedores à gestão dos processos logísticos. Com mais de 210 mil empresas conectadas, a Nimbi conta com um modelo comercial inovador, implantação rápida e gratuita, com pagamento mensal em formato semelhante ao de assinaturas de serviços como Netflix e Spotify. Suas soluções recebem constantes atualizações visando a melhoria da experiência do usuário (UX). A Nimbi ainda conta com uma unidade de consultoria que registra mais de 6.500 projetos de redução de custos desenvolvidos. Mais informações: https://nimbi.com.br/sobre/
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