Correios: como a IoT e Blockchain vão impactar a logística de produtos em 2021

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Após 358 anos da fundação do Correio-Mor, especialista em gestão de frotas, Daniel Schnaider relembra a história dos serviços postais para analisar como a tecnologia pode ser eficaz em uma das maiores empresas públicas do país.

No dia 25 de janeiro de 1663 o Correio-Mor foi criado no Brasil com a finalidade de facilitar a comunicação entre a colônia e Portugal. Sua evolução a partir de então, está diretamente ligada ao desenvolvimento da administração pública e tecnológica do país.

Apenas em 1931, os Correios se fundiram com a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos, e criou-se o Departamento dos Correios e Telégrafos. Em 1969 tornou-se empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações e com isso um ciclo de inovações, como o Código de Endereçamento Postal (CEP).

A informatização começou em 1977 e em 2001 as agências já conseguiam abranger 5.561 municípios brasileiros, expandindo toda a sua logística. Mas ainda assim, a empresa brasileira é constantemente alvo de inúmeras reclamações e ações, como a do pagamento de R$ 1 milhão para compensar danos coletivos. Pensando nos possíveis desafios de gastos, entregas e rastreamento, Daniel Schnaider, especialista em processos logísticos e CEO da Pointer by PowerFleet Brasil – líder mundial em soluções telemétricas para gestão de frotas, fala sobre as soluções que poderiam colocar a empresa pública à frente de qualquer outro serviço de entrega.

“A tecnologia de IoT veicular e de telemetria economizam até 26% de combustível, 16% dos custos com manutenção e melhora a dirigibilidade segura em 400%. Ou seja, diante de uma empresa que tem restrições orçamentárias e pressão para ser mais eficiente, adotar essas tecnologias é a forma mais rápida e fácil para atingir um bom objetivo”.

Atualmente, cada vez mais enxergam-se oportunidades dentro do universo do blockchain, que permitem uma distribuição de informações sobre transações online de um determinado ativo. Isso, somado à IoT, com certeza será uma revolução no mercado da logística.

A cadeia centralizada pelos correios é muito grande e importante aos brasileiros: postagem, despachos, malas direta, telegrama, cartas e milhares de produtos rodando em mais de 6,3 mil agências, além de 4,3 mil comunitárias, 1 mil franqueadas e 127 permissionárias.

Diante disso, a informatização dos dados por meio do blockchain para saber todos os passos de cada transação dentro do sistema dos Correios, pode coloca-los um passo à frente.

Já a IoT assegura o compliance dos motoristas, como eles estão dirigindo e se estão prejudicando a carga quando estão com os produtos dentro dos carros frotados. Ainda, garantem a redução e evitam fraudes quanto ao combustível, calculando rotas, mostrando ao gestor exatamente onde aquele veículo esteve.

A tecnologia, já acessível, não pode ser ignorada. Schnaider aponta que a otimização de custos, controle e gestão da logística pode salvar a história e o futuro de uma empresa.

 

Fonte: Daniel Schnaider

 

Daniel Schnaider é CEO da Pointer by Powerfleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas. Integrou a Unidade Global de Tecnologia da IBM e a 8200 unidade de Inteligência Israelense. Especialista em logística, tecnologias disruptivas, economista e autor da obra “Pense com calma, aja rápido”.

Sobre a Pointer by PowerFleet Brasil: A multinacional de origem israelense iniciou operações em 1994 e está presente no Brasil desde 2010. Em 2019, foi adquirida pela norte-americana PowerFleet®. A companhia é especializada no desenvolvimento de ferramentas, serviços e tecnologias para gestão inteligente de frotas de empresas e locadoras, com foco em soluções de telemetria. Além de possibilitarem uma redução de custos em torno de 20%, seus produtos proporcionam o monitoramento remoto dos veículos, diminuindo a incidência de fraudes, desvios de conduta e roubo de cargas. Com mais de 3 milhões de produtos de telemetria vendidos reúne mais de 50 mil carros, motocicletas, caminhões e implementos rodoviários rastreados no Brasil e 600 mil no mundo.