O Brasil na Cadeia Global de Valor
A importação é um dos vários elementos favoráveis à presença contundente do país no comércio internacional, oferecendo diversos ganhos produtivos para as organizações nacionais
Por André Barros*
A Cadeia Global de Valores (CGV), em resumo, representa a internacionalização da produção, por meio da distribuição das operações ao redor do mundo, desde etapas de fabricação, execução de projetos à comercialização do produto. Como consequência direta da globalização na economia mundial, a aceleração e a abrangência de se habitar esse campo operacional serve como grande motivação para que as empresas busquem ampliar suas participações na CGV. E o Brasil, sem dúvidas, não poderia ficar de fora desse fenômeno recente.
No entanto, é importante contextualizar o cenário atual na medida em que os efeitos da pandemia de coronavírus ainda são preponderantes para a discussão acerca das importações e exportações. O caminho rumo à Cadeia Global de Valores aponta para um futuro de muito mais competitividade e, por decorrência, capaz de contribuir para o desenvolvimento das companhias brasileiras.
O status do Brasil na CGV
A integração do Brasil às cadeias globais de valor ainda pode e deve melhorar. Não seria nenhum exagero afirmar que a restrição da economia nacional é um dos empecilhos para que os setores internos façam parte dos primeiros andares da cadeia. Do mesmo modo em que a importação de insumos sinaliza positivamente ao valor concedido à nossa posição na CGV.
Existem inúmeros segmentos internos altamente competitivos e capacitados para integrar ou até mesmo controlar uma cadeia global, encabeçando conceitos de inovação, tecnologia, qualificação e utilização de materiais importados. O primeiro passo para aproveitar essa nova realidade na economia internacional é aceitar o impacto da tendência e sua dominância entre os mercados. Dessa forma, o gestor terá a segurança necessária para identificar pontos compatíveis com essa mentalidade inovadora.
A importância de economias interconectadas no pós-pandemia
Projetando os próximos meses, não há como desconsiderar a influência do período de pandemia para a economia mundial em sua totalidade, afetando diversas nações. Os obstáculos e entraves provenientes dessa instabilidade são refletidos no dia a dia do comércio exterior, alertando para questões de abastecimento, cancelamentos, precariedade nas documentações e uma incerteza grande quanto à continuidade dos processos.
Hoje, olhando para o futuro e com o retorno gradual à normalidade das empresas, a abertura da economia e a possível redução de tarifas, a expectativa é de que a importação potencialize a produção brasileira e consequentemente a própria exportação. A disseminação do vírus freou esse avanço, estagnando a movimentação de importadores. Se aplicarmos o quadro à consolidação da CGV, os países só têm a ganhar com a inserção nas cadeias globais, principalmente em termos de recuperação empresarial. O valor agregado se estende a organizações de grande, médio e pequeno porte, devido à fragmentação da produção defendida pelo conceito.
Políticas a se adotar na gestão de comex
Se na teoria adequar a condição processual da empresa às demandas da Cadeia Global de Valor é uma ótima oportunidade de favorecer o crescimento do negócio, é necessário se atentar aos meios de realizar essa expansão mercadológica. Qual é a relação de sua companhia com a transformação digital? É possível afirmar que as operações se encontram em um estágio elevado de escalabilidade e proteção tecnológica? São perguntas obrigatórias e determinantes para que essa transição renda os frutos desejados.
Economias em ascensão, como o Brasil, precisam corresponder à mobilidade geográfica das cadeias de suprimento e fomentar a geração de valor entre nações emergentes. É cada vez mais significativa a iniciativa mundial de se integrar processos de gerenciamento e produção em lugares suscetíveis à maximização de lucros e incorporação de novos mercados. Uma vez identificado nesse contexto internacional, as autoridades devem unir forças ao empresariado visando o aprimoramento de relações e a organização da indústria ante à CGV.
Com essa sinergia bem estabelecida por meio de políticas econômicas voltadas para a inserção das empresas nacionais na Cadeia Global de Valor, o avanço do Brasil será uma consequência natural e determinante para a superação da crise. E, claro, a tecnologia será grande aliada nesse processo.
*André Barros é CEO da eCOMEX – NSI. O executivo possui mais de 20 anos de experiência no segmento de Comércio Exterior. Possui vasta experiência no desenvolvimento e entrega de novos produtos e serviços e na transformação e gestão de negócios.
Sobre a eCOMEX
Fundada em 1986, a NSI, agora eCOMEX, desenvolve aplicativos para otimização da gestão de processos de comércio exterior. Primeira empresa no Brasil a integrar seus aplicativos aos principais sistemas ERPs do mercado e a disponibilizar uma aplicação 100% WEB para gestão do comércio exterior. A companhia é integrante do Grupo Cassis, que conta com mais de 250 colaboradores e 3 mil clientes em todo o Brasil.
Assessoria de imprensa eCOMEX – NSI:
IDEIACOMM
(11) 5111-8841
Juliana Garcia (MTB 63.694)
11 95070-8903