Gestão de estoque: como lidar com isso no e-commerce?

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Gestão de estoque: como lidar com isso no e-commerce?

*Por Elger Albuquerque

Gestão de estoque é fundamental para o bom andamento de uma loja online. Por se tratar de um processo 24 x 7, ele precisa ser automatizado, até porque há muitos produtos e variações de produtos ofertados para os potenciais consumidores que acessam as lojas diariamente. Separo aqui algumas estratégias para que você veja qual melhor se ajusta à sua necessidade:

1 – Estoque compartilhado 

Esse conceito tem ganhado muita força nos últimos anos em virtude das soluções de gestão que estão crescendo tecnologicamente e diminuindo a ruptura. O modelo consiste em compartilhar o estoque em diversos canais de venda, como: loja física, e-commerce, atacado e marketplaces. A grande vantagem é conseguir unir todas as ofertas (produtos) em diversos canais, explorando da melhor forma as oportunidades. 

2 – Estoque terceirizado 

Esse tipo de estoque fica com terceiros até que o cliente adquira determinado produto. São dois processos: 

  1. Dropshipping: a entrega fica sob responsabilidade do fornecedor. 
  2. Cross docking: o fornecedor entrega o produto ao lojista, que o repassa para o cliente. 

3 – Estoque descentralizado 

Ocorre quando a mercadoria é dividida e estocada em diferentes locais. O custo para manter vários espaços é maior e apenas com uma boa logística torna-se possível diminuir gastos de transporte e tempo de entrega. Mercado Livre e Magalu utilizam esse tipo de estoque para reduzir custos de frete e melhorar seus prazos de entrega, gerando o melhor custo-benefício ao cliente. 

4 – Estoque próprio 

Essa é a opção mais básica de gestão: um estoque único e dedicado à operação on-line.  

5 – Estoque consignado 

Neste modelo, a compra dos produtos é feita de forma consignada, permitindo a devolução daquilo que não foi vendido, caso não haja demanda para todas as mercadorias. Dessa forma, o custo envolvido neste tipo de estoque é mais baixo e tem menos riscos de prejuízos. 

Margem de segurança 

Quando não é possível ter um estoque automatizado 100% on-line e existe uma grande movimentação por meio de outros canais, podemos adotar o conceito de margem de segurança. Essa margem significa disponibilizar uma quantidade menor do que realmente se tem em estoque. Chegar ao número ideal de margem de segurança não é tarefa fácil, pois pode ser muito diferente nas categorias. Esse cálculo precisa levar em conta o giro da mercadoria em outros canais e o prazo de reposição. Quando cria uma margem muito grande, você volta ao problema de perder vendas e, quando trabalha com uma margem muito pequena, está correndo o risco de ruptura. 

Preço e prazo de entrega 

Cada vez o mercado digital está ficando mais competitivo. Durante muitos anos os comerciantes brigavam por preço e credibilidade. As empresas que ofereciam boa credibilidade e bom preço levavam vantagens. Agora o cliente está mais exigente. Eles buscam, além do preço, o prazo de entrega. O varejo digital está brigando diretamente com o de bairro quando oferece entrega de 5 a 24 horas. O consumidor já pensa duas vezes antes de ir a um shopping ou comprar on-line para receber seu produto imediatamente. Pensando nisso, temos que ficar muito atentos para ter uma logística dinâmica e buscar os melhores parceiros para entrega – sempre com o cuidado de não descumprir com o prometido. 

O assunto “logística” é complexo, mas essencial para o sucesso da sua loja virtual. O desafio das gigantes do setor está em reduzir o prazo de entrega para no máximo 48h. Empresas que apostaram em uma logística rápida cresceram com esse diferencial, e não se pode esquecer de que os gigantes asiáticos estão prometendo, em breve, entrega rápida, o que vai mexer muito com o mercado nacional.

*Elger Albuquerque é membro da diretoria de varejo na Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), criada para fomentar o e-commerce com conhecimentos relevantes e auxiliar na elaboração de políticas públicas para o setor – abcomm@nbpress.com

Sobre a ABComm  

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) surgiu para fomentar o e-commerce com conhecimentos relevantes e auxiliar na criação de políticas públicas para o setor. A associação reúne representantes de lojas virtuais e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia, mídia e meios de pagamento, atuando frente às instituições governamentais, em prol da evolução do mercado. A entidade sem fins lucrativos é presidida por Mauricio Salvador e conta com diretorias específicas criadas para aprofundar discussões, entre elas: Omnichannel; Relações Governamentais; Mídias Digitais; Relações Internacionais; Meios de Pagamento; Capacitação; Desenvolvimento Tecnológico; Empreendedorismo e Startups; Jurídica; Métricas e Inteligência de Mercado; Crimes Eletrônicos; e Marketing. Para mais informações, acesse: www.abcomm.org 

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