Caminhão elétrico: uma tendência que veio para ficar O futuro pertence ao veículo elétrico? Os números globais indicam que a humanidade poderá chegar em breve a um cenário em que o uso do motor à combustão para fins de transporte será um símbolo do passado. A produção de carros elétricos cresce enormemente e as montadoras de todos os cantos do mundo investem cada vez mais nesse tipo de produto. Os números da consultoria EV-Volumes, por exemplo, mostram recorde global de venda de carros elétricos em setembro do ano passado, chegando a 1,3 milhão de unidades, um aumento de 23% em relação ao mesmo mês de 2022. O Brasil acompanha essa tendência e o mercado local irá crescer a taxas maiores do que a média global. Segundo números do Electric Vehicle Industry 2024, o setor de veículos elétricos no País foi avaliado em US$ 2,1 bilhões em 2022, número que deverá chegar a USD 8,4 bilhões em 2027, o que representa uma taxa de crescimento anual composta de 32,1%. Segundo o estudo, o segmento dos veículos de passageiros deverá dominar o mercado. A eletrificação, no entanto, não é a grande tendência apenas entre carros de passeio. De acordo com a consultoria Market Research Future, em termos globais, o mercado de caminhões elétricos chegou a US$10,5 bilhões em 2022 e deve alcançar US$27,7 bilhões em 2030. Isso revela uma uma taxa composta de crescimento anual de 14,8%. Para o Brasil, o crescimento do mercado de caminhões elétricos deverá ser mais tímido, em comparação aos veículos de passeio, especialmente quando se analisa apenas caminhões pesados. Em 2022, eram apenas 850 unidades em todo o País. A previsão é que, em 2030, sejam 1.450 caminhões elétricos para transporte rodoviário, em um parque com mais de 2,2 milhões de unidades ao todo, afirma a consultoria SP Global. Entre os principais gargalos para sua maior adoção está a falta de infraestrutura fora dos grandes centros urbanos. Ainda assim, há sinais animadores. É cada vez maior o número de lançamentos de caminhões elétricos no País. Embora o mercado para caminhões pesados realmente possa levar mais tempo para se expandir, o uso de caminhões elétricos nas cidades tem se tornado mais comum. Nessa área específica, os preços dos modelos variam entre R$200 mil e R$1 milhão, dependendo principalmente da quantidade de packs de bateria, que determinam sua autonomia. Mas quais seriam as vantagens do uso de caminhões elétricos? Em primeiro lugar, eles reduzem o impacto ambiental, pois não emitem gases poluentes. Apesar de custar mais do que um caminhão à combustão, seu uso pode representar uma redução de custos, uma vez que a eletricidade é mais barata do que combustíveis fósseis. Sua potência não deixa a desejar, podendo em breve até mesmo ultrapassar aquela dos modelos convencionais, em razão dos investimentos constantes das montadoras. Além disso, geram menos ruído e trazem mais conforto para o motorista. Outro aspecto que deve ser levado em conta é que estamos em uma era em que ações voltadas ao meio ambiente ganham força não apenas entre a população em geral e organizações públicas, mas também no mundo corporativo. A sigla ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança) tem cada vez mais importância nos negócios, e empresas que possuem política ambiental bem definida têm chances maiores de receberem investimentos e atrair consumidores. Na JWM, por exemplo, é adotado o uso de caminhões elétricos de pequeno porte com alguns clientes. Essa novidade vai ao encontro da adesão que a empresa fez a oito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, uma série de ações e políticas propostas para buscar um mundo mais sustentável. Em resumo, o caminhão elétrico é uma tendência que veio para ficar. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde a frota tem, em média, 12 anos, sua adoção pode levar certo tempo, mas é um processo irreversível. As vantagens em relação à emissão de poluentes e custo operacional são enormes, e o preço das unidades, que ainda é elevado, deixará de ser um impeditivo ao longo dos anos. As empresas que não se adaptarem correm sérios riscos de ficarem para trás, nas estradas e nos negócios. ASSESSORIA DE IMPRENSA |