Executivos de Compras vão investir em IA para reduzir custos nas empresas
Pesquisa organizada pelo Procurement Club revela que área de Compras tende a ser cada vez mais estratégica, porém, o principal KPI ainda é o “saving” e a redução de custos operacionais. Ambiente político e revisão de reformas no Brasil preocupam.
São Paulo, abril de 2024 – O Procurement Club, uma empresa que tem como propósito antecipar tendências e conectar os stakeholders que participam do ecossistema de Compras e Supply Chain através dos preceitos do Fair Trade, acaba de lançar a Pesquisa CPOs 2024 onde traça um panorama da área de Compras das empresas que atuam no Brasil e mostra seus planos de investimentos para 2024.
Este é o quarto ano da Pesquisa, que é realizada com executivos C-Level da cadeia de suprimentos, compras, riscos e líderes de gestão. Nesta edição, mais de 70% dos entrevistados são da área de Compras e Suprimentos e registrou-se uma participação expressiva de empresas de serviços especializados e consultorias, além da presença dos setores automotivo, tecnologia, mídia e alimentos e bebidas.
O maior destaque da Pesquisa com os diretores de Compras e Suprimentos é com relação a investimentos em tecnologia, inteligência artificial e automação. O objetivo de 52% dos entrevistados é automatizar para obter redução de custos operacionais da área, a melhoria do nível de atendimento e aumentar o foco em atividades estratégicas.
Pelo menos 48% dos respondentes identificam gaps de tecnologias associadas a Compras e vão avaliar o mercado nesse sentido. Uma das principais barreiras de aplicação efetiva da tecnologia neste setor, segundo 32% dos entrevistados, é a falta de integração das aplicações e a qualidade das bases de dados.
Embora a área de compras esteja cada vez mais estratégica, é importante anotar que o principal KPI é o saving e a redução de custos operacionais. Apesar de outras agendas estarem em alta e precisarem da atenção dos Compradores, a busca por redução de custos e despesas continua sendo o KPI mais importante nas empresas.
A Pesquisa apontou que 56% dos executivos entrevistados intensificarão o relacionamento junto às áreas financeiras, visando participar ativamente da construção e da gestão dos gastos Capex (despesas com bens de capital) e Opex (despesas operacionais), movimento que se torna um importante aliado na gestão de demandas.
ESG estacionado e preocupação com a economia Quanto a processos, pessoas e sistemas de compras, 73% dos entrevistados apontou que há margem de melhoria nas empresas em que atuam e que 2024 será um ano de esforços concentrados na busca por excelência.
Parte dessa tendência vem do “ajustar a casa” enquanto se aguarda um cenário mais estável em 2024 sob ponto de vista da economia: há maior preocupação com o ambiente político local em decorrência da aprovação ou revisão de reformas tributária e e pela gestão econômica do atual governo. Cerca de 30% dos executivos demonstraram que as preocupações residem na continuidade do cenário inflacionário e desaceleração econômica.
Questionados sobre a governança de compras esperada para 2024, os executivos mostraram a existência de um deck de políticas e procedimentos em Compras como uma prática consolidada. Entretanto, nem todos conseguem garantir a conformidade.
Um dos pontos sensíveis da operação de Compras é mitigar a ocorrência do Maverick Purchasing, baixa cobertura de Compras ou qualquer outra ocorrência de não cumprimento das normas estabelecidas pela empresa. Este é um item relevante não somente para garantir eficiência em Compras, mas também por se tratar de um elemento fundamental de Governança, ou seja, o “G” do ESG.
O ESG também esteve na pauta desta Pesquisa, apurando quais fatores compõem a agenda e que poderão ser critérios para escolha e gestão de fornecedores em 2024. Em análise, percebeu-se que ESG é claramente uma pauta que ainda está em processo de adoção e internalização pelas empresas: na Pesquisa do ano de 2023, as respostas foram muito parecidas com as de 2024, ou seja, não houve evolução relevante.
Cerca de 70% dos executivos de Compras declararam que vão estruturar um plano de ESG ou intensificar estratégias, embora 60% declararam não conseguir medir ou avaliar seus fornecedores com relação ao ESG.
As ações ESG são sempre bem-vindas pelos compradores, e seus executivos não se mostram insensíveis a fornecedores que entregam alguma ação neste contexto. Entretanto, aspectos comerciais permanecem sendo, pela maioria das organizações de compras, preponderantes na escolha e gestão de fornecedores.
Sobre o Procurement Club O Procurement Club é uma empresa que tem como propósito disseminar conteúdo relevante e qualificado, antecipar tendências, democratizar o acesso à informação e conectar os distintos stakeholders que participam do ecossistema de Compras e Supply Chain através dos preceitos do Fair Trade.
Conta com membros executivos representando grandes empresas tais como Ambev, Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Burger King, Claro, Carrefour, Centauro, Cielo, CPFL, Ericsson, Danone, JBS, Nestlé, Nextel, Samsung, SBT, Unilever, Zurich, entre outros.
Sua missão e apoiar profissionais de Compras e Supply Chain, buscando prepará-los para serem protagonistas em suas ações e para prover transformação positiva do ambiente de negócios, tendo uma carreira mais atuante e integrada, compreendendo e se inserindo no negócio das empresas em que atuam.
Entre seus valores, estão: Diversidade e Inclusão, Sustentabilidade, Ética & Transparência, e Negócios Justos.