O que os importadores e varejistas que dependem de produtos importados devem priorizar neste final de ano?

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O que os importadores e varejistas que dependem de produtos importados devem priorizar neste final de ano?

Entenda as tendências do comércio global e saiba como planejar suas compras para enfrentar a alta demanda sazonal

O final do ano é um período particularmente desafiador para os varejistas, que enfrentam gargalos logísticos, atrasos nas entregas e dificuldades para gerenciar o grande volume de pedidos. Com o aumento da demanda impulsionado por datas como Black Friday, Natal e Ano Novo, a falta de controle sobre as rotas e transportadoras pode afetar o fluxo de mercadorias e a experiência do consumidor.

De acordo com dados da Neotrust Confi, o faturamento do setor de e-commerce até outubro foi de R$ 235 bilhões, um aumento de 13,8% em relação ao ano anterior. Por isso, a expectativa é que as vendas no varejo registrem um crescimento de 9% na Black Friday deste ano. Segmentos como artigos esportivos, joias, brinquedos e eletrodomésticos podem apresentar aumentos expressivos, seguindo a tendência observada em 2023.

Essa projeção reforça a importância de os varejistas se prepararem com antecedência para o final do ano. Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex, empresa líder em soluções de tecnologia para planejar, monitorar e automatizar operações do comércio global, compartilha a seguir algumas tendências e dicas para enfrentar os períodos de maior movimentação.

Por que antecipar é crucial para o sucesso logístico

Os lojistas devem antecipar suas importações com base em três pilares: custo-efetividade, previsibilidade e planejamento estratégico. Importar antecipadamente ajuda a evitar os altos custos que surgem com a demanda crescente por frete no final do ano, além de garantir maior previsibilidade, minimizando o risco de atrasos. Um bom planejamento também permite negociar melhores condições e preparar as empresas para imprevistos, como greves e congestionamentos nos portos.

De acordo com Hofstatter, o ideal é começar o planejamento com no mínimo quatro a seis meses de antecedência. Para itens sazonais ou de alta demanda, esse prazo pode ser ainda maior, entre 8 e 12 meses, especialmente em casos de fabricação personalizada ou logística mais complexa.

“Antecipar as importações é essencial para garantir que o consumidor final não seja impactado negativamente. Quando o lojista se adianta, ele assegura que os produtos estejam disponíveis no momento certo, mantendo a experiência do cliente intacta. A falta de planejamento adequado pode resultar em prateleiras vazias e clientes frustrados, principalmente em épocas fundamentais como a Black Friday e o Natal”, comenta Hofstatter.

Tendências globais para o comércio brasileiro

O mercado brasileiro está aquecido. Setores como esportes e eletrodomésticos, por exemplo, mantêm alta constante ao longo do ano. Segundo estudo da Logcomex, no primeiro semestre de 2024, o setor de artigos esportivos cresceu 58% em comparação ao mesmo período de 2023, enquanto o de eletrodomésticos registrou aumento de 34%. Já a Eletros (associação dos fabricantes) divulgou que, entre janeiro e agosto deste ano, foram comercializadas 71 milhões de eletrodomésticos – alta de 31,5% em relação a 2023.

Essas tendências reforçam a importância de um planejamento contínuo e, não apenas, sazonal. O comércio global também está sendo impactado por tendências como a regionalização, resultado de tensões geopolíticas e da busca por cadeias de suprimentos mais resilientes. A diversificação de fornecedores tornou-se essencial para empresas brasileiras, especialmente em setores dependentes de commodities e produtos manufaturados, em resposta a crises como a guerra na Ucrânia e as tensões entre EUA e China.

Outro ponto relevante é o aumento da demanda por produtos sustentáveis, impulsionado por práticas ESG (Environmental, Social, and Governance). Importadores brasileiros estão cada vez mais focados em fornecedores comprometidos com sustentabilidade, alinhando suas operações às exigências globais.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas logísticas

A tecnologia oferece uma visão em tempo real das operações logísticas, permitindo que as empresas ajustem rotas e prazos rapidamente. Por isso, a digitalização e o uso de tecnologias avançadas, como automação industrial e inteligência artificial (IA), tem se tornado essencial para otimizar operações e evitar imprevistos.

Para apoiar as empresas, a Logcomex oferece soluções como o Log360 e o Shipment Intel que permitem o monitoramento do market share e o desenvolvimento de novos fornecedores ajudando na tomada de decisões mais estratégicas, respectivamente. A LIA é a inteligência artificial generativa da Logcomex que permite a otimização de operações de forma personalizada, de acordo com a necessidade de cada cliente, potencializando a maneira como as empresas tomam decisões baseadas em dados.

“A utilização de inteligência artificial nas operações logísticas não é mais um diferencial, mas uma necessidade. Monitorar embarques em tempo real e reagir a imprevistos de imediato garante que as empresas mantenham o fluxo de mercadorias sem interrupções, assegurando uma experiência consistente ao consumidor final, mesmo nos períodos mais críticos.”, finaliza Hofstatter.