Mercado de galpões tem melhor desempenho histórico em 2024

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Mercado de galpões tem melhor desempenho histórico em 2024
 

Um ano para entrar na história. O mercado de galpões logísticos fechou 2024 comemorando recordes: menor taxa de vacância já registrada, maior absorção bruta acumulada e melhor 4º trimestre. Os dados fazem parte da pesquisa “First Look”, realizada periodicamente pela JLL.

galpão logístico

Foto: Divulgação/Sindi Investimentos

 

São Paulo, fevereiro de 2025 – Foram mais de 4,3 milhões de m² de absorção bruta durante o ano em todo o país. A absorção líquida fechou em 2,6 milhões de m². Esse cenário fez a vacância nacional cair 1,5 p.p. em relação a 2023, atingindo 8,4%. O alto volume de transações ajudou a elevar o preço do aluguel no Brasil. O valor do metro quadrado subiu mais de 10% em um ano, sendo negociado, em média, a R$28. Em São Paulo, a alta já ultrapassa 15% e valores giram em torno de R$31/m².

A alta geral no volume de transações fez o estoque de galpões logísticos saltar de 21 milhões para 34 milhões de m² nos últimos quatro anos. Ou seja, 62% de crescimento. “Isso mostra que o mercado soube reagir à demanda e entregar produtos de qualidade, nas localidades desejadas pelos ocupantes, para atender a diversas demandas”, pontua André Romano, gerente da divisão Industrial e Logística da JLL.

“Vivemos um ciclo de expansão que teve a pandemia como catalisadora”, analisa o especialista. “Desde 2020, o mercado tem vivido um crescimento acelerado, puxado por grandes empresas de varejo e e-commerce”, corrobora Rafael Picerni, analista de Pesquisa e Estratégia da consultoria. De acordo com o estudo da JLL, só o Mercado Livre foi responsável pela locação de 123 mil m² em cinco estados diferentes no 4º trimestre de 2024, sendo 90 mil m² só no Rio de Janeiro.

O estado fluminense, conforme mostra o levantamento, teve o melhor desempenho histórico no período. A vacância caiu para 12%, mesmo com a maior entrega de estoque do ano – 171 mil m². A absorção líquida acumulada fechou em 302 mil m².

Projeções para 2025

A perspectiva é que mais de 3,5 milhões de m² de novo estoque passem a integrar o estoque nacional este ano. Isso deve elevar a vacância, apesar de os preços médios de aluguel terem projeção de seguirem em alta. “É importante lembrar que existe a possibilidade de adiamento de alguns empreendimentos conforme comportamento da demanda”, pondera Picerni.

“Depois desse crescimento exponencial, espera-se que o mercado, que está mais maduro e consolidado, entre em uma fase de equilíbrio”, finaliza Romano.