Infraestrutura precária: Como estradas ruins impactam a logística e afetam a economia

0
61

Infraestrutura precária: Como estradas ruins impactam a logística e afetam a economia

Rodovias são a espinha dorsal do transporte de mercadorias, e quando estão em péssimas condições, todo o sistema é afetado, pontua CEO do Grupo IBL

     

                    Crédito da foto: Divulgação / Freepik

 

O Brasil, com sua grande extensão territorial e uma economia fortemente dependente do transporte rodoviário, se vê hoje à mercê de um sistema de infraestrutura que não acompanha o ritmo de suas necessidades. Estradas deterioradas, buracos, sinalização deficiente e falta de manutenção são um reflexo claro de um descaso histórico que coloca em risco não só a segurança das pessoas, mas também o funcionamento de um setor logístico essencial para o país.

Segundo o Guia Viagem Segura 2025, da Confederação Nacional do Transporte, 20 rodovias estaduais estão em péssimo estado. Pernambuco lidera o ranking e, na lista, também são citadas estradas da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A avaliação leva em conta problemas no pavimento e na sinalização, além de deficiência na geometria da via.

O CEO do Grupo IBL, Jonatas Spina Borlenghi, ressalta que as estradas são a espinha dorsal do transporte de mercadorias, e quando essas vias estão em péssimas condições, todo o sistema é afetado. “A situação faz com que o custo do transporte suba, os tempos de entrega se alonguem, a produtividade do setor diminua consideravelmente e o pior de tudo: coloca em risco a segurança das pessoas”, fala.

O setor logístico é essencial e isso ficou evidenciado quando, em 2010, os caminhoneiros fizeram greve, o que ocasionou em falta de combustível, escassez de alimentos nos supermercados, paralisação do comércio, entre outras situações. “Tudo isso mostrou o papel vital do setor logístico que, para fluir integralmente, precisa, claro, da mão-de-obra, mas também de uma infraestrutura rodoviária eficiente e segura”, salienta Borlenghi.

Nesse cenário de precariedade na malha rodoviária, o CEO do Grupo IBL lembra que quem paga o preço não são apenas os caminhoneiros, que enfrentam diariamente o risco de vida em suas viagens, mas todos os brasileiros que circulam nas rodovias. “Quando as estradas estão em péssimas condições, o custo de transporte de mercadorias aumenta, e esse aumento é repassado diretamente para o consumidor. Os preços dos produtos nas prateleiras dos supermercados, por exemplo, são diretamente afetados pelos custos elevados de logística. Em um país onde a inflação e a instabilidade econômica já são desafios enormes, essa sobrecarga adicional prejudica ainda mais a população”, diz.

O executivo frisa que a situação exige uma ação urgente. “É necessário que medidas concretas sejam executadas para investir na recuperação das estradas, na melhoria da segurança e na criação de um sistema de transporte que respeite as condições de trabalho dos caminhoneiros e as necessidades da economia nacional. Porque sem um sistema logístico eficiente e seguro, o Brasil seguirá enfrentando barreiras para alcançar o crescimento que tem potencial para atingir”, conclui.

 

Crédito da foto: Divulgação/Freepik
Legenda: Avaliação da Confederação Nacional do Transporte apontou 20 rodovias estaduais em péssimo estado