Eficiência logística exige escolhas estratégicas além do custo inicial

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Eficiência logística exige escolhas estratégicas além do custo inicial

Por Junior Orbolato, diretor comercial da Netmak Empilhadeiras


A decisão entre empilhadeiras elétricas e a combustão vai muito além de uma análise técnica ou da comparação de custos iniciais, ela representa uma escolha estratégica para empresas que desejam não apenas otimizar suas operações logísticas, mas também atender às crescentes demandas por sustentabilidade e eficiência. Ainda assim, muitas vezes essa decisão é tomada de forma simplista, desconsiderando as complexidades do ambiente operacional e os impactos de longo prazo.

Enquanto as empilhadeiras elétricas se destacam pela sua operação silenciosa, ausência de emissões e menores custos de manutenção, elas nem sempre são a melhor opção, principalmente em ambientes externos e operações que exigem alta potência. Muitas empresas, ao priorizarem a sustentabilidade e as tendências de mercado, acabam ignorando as limitações desses modelos em cenários como terrenos irregulares ou longas jornadas de trabalho. O que deveria ser uma escolha consciente e adaptada às necessidades específicas de cada operação acaba se tornando uma imposição de modismos, muitas vezes prejudicando a produtividade.

Por outro lado, as empilhadeiras a combustão, que são movidas por diesel ou GLP, continuam sendo indispensáveis em muitos setores, especialmente aqueles que envolvem grandes áreas externas e a movimentação de cargas pesadas em terrenos difíceis. Embora seu impacto ambiental seja um ponto de controvérsia, elas oferecem vantagens claras em termos de potência e autonomia. Em situações onde a operação não pode parar para recarga, essas empilhadeiras ainda se mostram insubstituíveis. A falta de atenção a esse ponto em muitas discussões sobre sustentabilidade compromete a realidade de quem precisa de soluções práticas e imediatas para suas operações.

O grande problema, no entanto, está na forma como muitas empresas abordam essa escolha. A decisão muitas vezes é tomada com base no imediatismo, ou no custo mais baixo de aquisição, sem uma análise mais aprofundada dos custos operacionais, manutenção, e a eficiência geral do processo. Diante disso, é fundamental entender que, no campo das operações logísticas, não existe um modelo ideal e absoluto. A empilhadeira mais indicada é aquela que atende às necessidades reais de cada operação, levando em conta variáveis como o tipo de terreno, a duração das jornadas de trabalho, os custos de energia e a necessidade de desempenho constante. A escolha deve ser estratégica e baseada em uma análise detalhada do impacto que o equipamento terá nas operações e nos resultados da empresa a médio e longo prazo.

Portanto, a decisão vai muito além da escolha entre modelos elétricos ou a combustão, exige uma visão estratégica ampla, que considere não apenas as tendências de mercado, mas também as particularidades de cada operação. No setor logístico, onde cada decisão impacta diretamente a produtividade e os custos operacionais, a escolha do equipamento adequado pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma operação.

*Junior Orbolato é Gestor Comercial da Netmak e atua há mais de 10 anos nas áreas de vendas, gestão de equipes e importação de equipamentos. Com forte habilidade em relacionamento interpessoal e visão estratégica de mercado, Junior foi peça-chave no crescimento dos setores de peças e transpaletes da empresa. Também liderou o desenvolvimento de novos produtos e a expansão de parcerias internacionais, contribuindo diretamente para a consolidação da Netmak como referência nacional em soluções para movimentação de cargas.