Inteligência artificial é só promessa se aplicada sem estratégia
Ciclo de evolução muda a cada 5 anos e a IA é só uma palavra da moda se não resolver problemas reais; é a inteligência humana que faz a diferença
Engana-se quem afirma que a inteligência artificial é a tecnologia do futuro. A verdade é que a cada cinco anos surge uma nova “onda” com promessas de disrupção e que a IA é apenas a novidade do momento nesse ciclo contínuo de inovação, segundo Daniel Vidigal, CEO da consultoria Ivory IT. “A inteligência artificial só se torna transformadora quando utilizada por pessoas com propósito, repertório e visão de aplicação prática. A ferramenta sem uso é só promessa. O uso sem estratégia é só barulho. E o uso estratégico sem pessoas preparadas não sustenta o impacto. Se ninguém a usar para resolver problemas reais — de negócio, de operação ou de experiência — ela se reduz a mera palavra da moda”, dispara o especialista em soluções digitais.
Uma pesquisa recente da consultoria Gartner mostrou que 92% das empresas já estão explorando o uso da IA Generativa, enquanto que 74% das MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) brasileiras a utilizam em suas operações, de acordo com um estudo da Microsoft. Mas será que essa aplicação está gerando valor na prática ou tem sido usada de forma superficial? “Eu ainda vejo um contraste muito grande quando comparamos o que já temos de soluções e as oportunidades para que os negócios ganhem um diferencial competitivo. As empresas que compreendem isso — e que investem no preparo das pessoas tanto quanto nas tecnologias — estão não apenas aproveitando a era da inteligência artificial, mas liderando a próxima fase da evolução”, afirma o CEO.
Foi assim com a popularização da internet comercial em 1995, com a computação distribuída nos celulares e o Wi-Fi a partir dos anos 2000, com o crescimento do Mobile, redes sociais e cloud entre 2005 e 2010, com o surgimento das ferramentas de análise de dados Big Data, Analytics e DevOps na primeira metade dos anos 2010, com os primórdios da automação inteligente em escala da inteligência artificial e do machine learning entre 2015 e 2020, com o a descentralização, NFTs e realidade imersiva em 2020, com o boom do Metaverso, Blockchain e Web3 e agora com a democratização do uso da IA. O motor da transformação nunca foi a tecnologia em si, mas a capacidade humana de criar, adaptar e aplicar as novidades de forma inteligente.
Na atual conjuntura, a inteligência artificial pode revolucionar operações ao ser integrada em diversas áreas e processos. Softwares personalizados combinam a inovação tecnológica com aderência às necessidades reais dos negócios. “A automação de processos aumenta a eficiência operacional e reduz custos, o processamento e a análise preditiva de dados melhora a tomada de decisão e prevê cenários futuros com maior assertividade, o reconhecimento de imagem e voz otimiza operações de campo e o atendimento ao cliente, a análise avançada e o processamento de Linguagem Natura aplicados melhoram chatbots, assistentes virtuais e feedbacks de clientes e a definição automatizada de requisitos e cenários reduz o tempo de especificação de projetos e aumenta a precisão nas entregas”, exemplifica Vidigal. A Ivory cria estratégias personalizadas que combinam a expertise humana com tecnologias de IA em segmentos como logística, mineração e banking.
Há muito espaço para crescer e se diferenciar. “Quem se estrutura agora tem uma vantagem competitiva enorme, potencial para se destacar e liderar o mercado. Mas é preciso visão estratégica, coragem para investir em tecnologias inovadoras, adaptação e aprendizado contínuo”, afirma o especialista. As empresas que saem à frente são as que utilizam “a tecnologia do futuro” ainda no presente e que entendem que a inteligência artificial é – e sempre será – reflexo do que os seres humanos fazem dela.
Sobre a Ivory IT
Consultoria em soluções digitais personalizadas para empresas, combinando expertise humana com tecnologias de inteligência artificial. Criada em 2008 por Daniel Vidigal, a Ivory cria estratégias sob medida em segmentos diversos como logística, mineração e banking.
