Nova regra de isenção de ICMS impulsiona logística mais sustentável e eficiente no Brasil
Com a ratificação do Convênio ICMS 228/23 e atualizações, empresas passam a centralizar operações, reduzindo custos, distâncias e otimizando recursos
A recente ratificação do Convênio ICMS 228/23, complementada pelos convênios 93/24, 109/24 e 124/24, representa um avanço não apenas tributário, mas também ambiental para o setor logístico brasileiro. Ao viabilizar a isenção de ICMS nas transferências interestaduais entre filiais da mesma empresa, com possibilidade de aproveitamento proporcional de créditos, a medida permite a adoção de modelos operacionais mais enxutos, centralizados e sustentáveis. Com menos rotas redundantes, redução no número de viagens e maior eficiência na distribuição, as empresas conseguem diminuir significativamente o impacto das operações.
Segundo Allan Luz, sócio-proprietário da Alphacentro, a nova sistemática favorece a criação de centros logísticos regionais e o redesenho das rotas de distribuição. “Com a centralização dos estoques em unidades estratégicas e a eliminação da bitributação nas transferências, é possível reduzir o número de viagens, otimizar a ocupação dos veículos e minimizar deslocamentos desnecessários. Isso gera economia operacional, otimiza recursos e aumenta a competitividade no mercado”, afirma.
O formato também estimula investimentos em infraestrutura moderna e sustentável, com foco em eficiência energética, automação e menor pegada ambiental. “A logística passa a ser pensada de forma mais integrada e responsável. Essa mudança pode contribuir significativamente para que empresas atinjam metas ESG”, completa Luz.
A expectativa do setor é que, com a consolidação do novo modelo, o Brasil caminhe para uma logística mais limpa, econômica e preparada para os desafios ambientais dos próximos anos.
