Especialista destaca 4 tendências e inovações que estão moldando o futuro da logística
Automação, inovações tecnológicas e colaboração estão entre os pilares que vão definir o setor, segundo CEO da transportadora digital Motz
André Pimenta, CEO da Motz | Crédito de imagem: Sandro Portaluri
O setor de transporte vive uma transformação acelerada. A digitalização, atrelada aos avanços tecnológicos, está remodelando a forma como o ecossistema logístico opera, trazendo mais eficiência, agilidade e precisão para toda a cadeia. Segundo dados do GitnuxReport 2025, 72 % das empresas de logística já adotaram IA para melhorar operações, relatando benefícios como aumento de eficiência e redução de tempo de entrega.
André Pimenta, CEO da Motz, transportadora digital que conecta cargas e destinos facilitando a jornada da cadeia logística, reforça que essa revolução já é uma realidade em curso. “A logística tem mostrado cada vez mais seu valor, deixando de ser apenas uma operação de transporte para se tornar um ecossistema conectado, automatizado e sustentável. As organizações do setor que conseguirem acompanhar essa evolução vão ter uma vantagem competitiva decisiva nos próximos anos”, afirma.
Com base no panorama, o especialista elenca quatro tendências que estão transformando o segmento, e que devem se consolidar nos próximos anos:
- Automação de processos:
“A automação já é uma realidade no setor e está tornando a logística muito mais ágil. Essas inovações reduzem falhas humanas, aumentam a eficiência operacional e abrem espaço para soluções antes impensáveis – como sistemas avançados de otimização de rotas e gerenciamento de cargas. É uma tendência que já impacta o presente e que será indispensável para a competitividade no futuro”, completa. De acordo com dados da Fortune Business Insights, o mercado global de automação logística foi avaliada em US$ 78,20 bilhões em 2024. A projeção é de que suba para US$ 212,81 bilhões até 2032, com uma média anual de 13,4%.
- Conectividade por meio das inovações tecnológicas:
De acordo com o especialista, o uso de tecnologia e sistemas de inovação está transformando a logística em todas as etapas do transporte. “Sensores e dispositivos oferecem monitoramento da carga em tempo real, além de soluções que ajudam na otimização de processos e análise de melhores rotas – trazendo maior precisão para a tomada de decisão e redução de custos. Essa conectividade representa grande oportunidade para melhorar a segurança e qualidade das operações”, observa.
- Inteligência Artificial (IA) aplicada à Logística:
Ao contrário do que imaginamos, a aplicação de IA em variados setores já é algo em estudo há muitos anos, e por isso, também já é realidade na logística. Para o CEO, a ferramenta vem para apoiar na forma como as decisões logísticas são tomadas. “Ela permite melhorar entregas no geral, deixando os profissionais mais “livres” para participar ativamente de atividades que demandam o fator humano. O uso de IA traz melhores análises aos times, automatização de processos e antecipação de demandas. Quem investir nessa tecnologia terá um diferencial competitivo significativo e estará melhor preparado para os desafios do futuro da logística”, afirma.
Na Motz, a implementação da IA na leitura de documentos reduziu significativamente o tempo necessário para validar e processar os pagamentos aos motoristas, diminuindo o tempo de um processo que levava até 12 horas para 5 minutos.
- Compromisso com práticas responsáveis na logística:
André enfatiza que a preocupação social deixou de ser apenas uma tendência e passou a fazer parte do dia a dia das organizações, principalmente de setores essenciais como o da logística. “Cada vez mais, cresce a expectativa por atitudes responsáveis e alinhadas a valores éticos e sustentáveis. E isso não se trata apenas de ações com relação ao meio ambiente, mas também aquelas que selam compromissos e ações de segurança com as pessoas, que, nesse setor, são a maior potência que temos”, explica.
“Empresas que abraçarem essas práticas estarão não apenas acompanhando a transformação do setor, mas liderando o caminho para que o setor se torne mais eficiente, segura e sustentável”, finaliza o CEO.
