O futuro da intralogística é a energia elétrica, segundo o VP Global de Vendas da Jungheinrich

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Cristian Erlach, da Jungheinrich, destaca o crescimento da venda de maquinário elétrico, e o declínio em vendas dos equipamentos a combustão

No último ano, a América do Sul comprou 13% mais empilhadeiras elétricas e 27% menos máquinas a combustão. Os dados foram divulgados pela Jungheinrich, uma das líderes globais no segmento de tecnologias para armazenamento e movimentação de materiais, nesta quarta-feira (5), em São Paulo, o evento contou com a presença do Vice-Presidente Global de Vendas da Jungheinrich, Christian Erlach.

“A mobilidade elétrica é um fator importante na busca por uma sociedade mais sustentável. Isso justifica o aumento da busca por soluções elétricas em detrimento das máquinas a combustão, e mostra que o futuro tende a ser cada vez mais elétrico”, afirma Erlach.

Para o VP da Jungheinrich, a bateria de íon-lítio é um dos grandes diferenciais para garantir o maior aproveitamento dos equipamentos neste “futuro elétrico”, e esta tecnologia terá um papel importante na busca por máximo desempenho e operacionalidade.

“A eficiência energética é um dos temas mais importantes para o setor de intralogística atualmente e a Jungheinrich é a única empresa que desenvolve produtos e fornece, além de empilhadeiras, sistemas completos para alimentação dos equipamentos, incluindo carregadores e baterias. Estimamos que, até o 3º trimestre deste ano, a Jungheinrich terá 100% dos equipamentos com esse tipo de bateria no mundo todo”, detalha o executivo da Jungheinrich.

As baterias de íon-lítio podem recarregar, em apenas meia hora, 80% de sua capacidade. Além disso, por não liberarem gases ácidos, ajudam a economizar espaço e dinheiro, pois não requerem que a empresa conte com salas de carregamento e sistemas caros para a liberação de poluentes, economizando espaço no armazém e gerando uma série de vantagens para empresas com operações complexas.

Em 2016, a Jungheinrich obteve mais de 3,2 bilhões de euros em vendas globais, um aumento de 14,3% em relação ao ano anterior, gerando a produção de mais de 100 mil empilhadeiras no mercado global. Atualmente com 15 mil funcionários em todo o mundo, a empresa está presente em 106 países, entre os quais 36 contam com unidade própria.

Confira outras tendências discutidas pela empresa no evento:

Automação de armazéns

A Jungheinrich é uma das pioneiras na tendência de intralogística 4.0, e acredita que a digitalização pode oferecer grandes oportunidades ao setor de logística, permitindo a otimização de armazéns com soluções digitais que ajudam a aumentar significativamente a produtividade.

Entre as soluções da Jungheinrich para acompanhar esta tendência, está a automação completa do armazém e das operações de logística. O sistema de gerenciamento de frota da Jungheinrich, o ISM Online, que é baseado na web, recebeu este ano uma série de aprimoramentos para atender às necessidades de armazéns mais complexos, incluindo novos módulos que permitem gerenciar acesso, manutenção e baterias.

A empresa também está investindo em sua linha de empilhadeiras automatizadas. A tendência é que os veículos que dispensam o uso do operador garantam mais eficiência e tornem processos de transporte mais seguros, além de economizar recursos e reduzir consideravelmente os danos causados pelo transporte de cargas.

Na LogiMAT 2017, a empresa apresentou a selecionadora de pedidos EKS 215a, que conta com dimensões significativamente reduzidas em relação à sua versão e, por não contar com cabine para o motorista, melhorou a possibilidade de manobras.

Locação de empilhadeiras

De acordo com o VP de vendas da Jungheinrich, os clientes estão cada vez mais interessados em obter um atendimento de primeira classe e menos voltados à posse de ativos, resultando em um maior desejo por flexibilidade, com destaque para a locação de soluções de logística.

“Os clientes não querem mais comprar ativos, eles querem adquirir serviços de ótima qualidade em vez de apenas equipamentos. Isso está gerando uma grande revolução na economia, que está ficando cada vez mais baseada em serviços e menos em produtos”, explica Erlach.

Em busca de um atendimento mais sofisticado, hoje as empresas esperam poder tratar de temas mais estratégicos do negócio e dedicar menos tempo ao que é operacional, incluindo a disponibilidade e a manutenção de empilhadeiras.