Delivery Center chega ao Brasil será lançada durante o evento Chinnovation 2017 em São Paulo
Batizado de Delivery Center, chega ao Brasil o modelo que é tendência na China: Centrais físicas de restaurantes, farmácias, mercados e outros comércios de bairro aglutinados em um mesmo prédio ou centro comercial. Um modelo operacional novo, com logística compartilhada, sistemas integrados, com o objetivo de levar ao consumidor final uma experiência otimizada de serviços de entrega de comida e itens de conveniência em sua casa ou escritório.
Nos últimos 5 anos, o mercado de pedidos de delivery por aplicativo no Brasil tem crescido consistentemente 80% ao ano, devendo finalizar 2017 com cerca de 10 milhões de pedidos por mês. Essa tendência de os consumidores pedirem vários itens de conveniência em suas residências e escritórios é proveniente da China, só que por lá o mercado está muito mais maduro e movimenta cerca de 10 milhões de entregas por dia através de pedidos por aplicativos. A China tem uma população 7 vezes maior que a do brasil, porém em termos de delivery por aplicativos é 30 vezes maior que o Brasil, e isso deve-se ao fato de o mercado estar mais maduro, mas principalmente otimizado com essas centrais, uma malha enorme de ciclovias nos principais centros urbanos, e uma frota de delivery praticamente composta de bicicletas elétricas.
Para Andreas Blazoudakis, fundador da Movile, um dos principais produtores de aplicativos de sucesso da América Latina, como iFood, PlayKids e Ingresso Rápido, e também fundador e CEO do Delivery Center, o 1o shopping de delivery que chega ao Brasil, essa performance enorme do mercado Chinês é fruto de os comércios locais na China estarem trabalhando em forte cooperação com os gigantes de aplicativos Chineses, como WeChat, Baidu e Alibaba.
Nos grandes centros urbanos da China, como Beijing, Shangai e Shenzen é muito comum encontrar prédios lotados de cozinhas mas sem nenhum cliente consumindo no local. Nesses prédios, todos os pedidos dos clientes chegam por aplicativos, são produzidos em cozinhas fechadas, chamadas de dark kitchens e entregues por uma malha de empresas de delivery que trabalham conectadas à esses shoppings de delivery.
Recentemente, um projeto similar foi lançado na Inglaterra pela empresa Deliveroo, um aplicativo de delivery de comida muito popular na Europa, onde centrais foram construídas em prédios de contêineres, para ampliar a malha de entrega para os restaurantes parceiros da rede. Com o nome de Deliveroo Editions, a empresa espera expandir o conceito em vários países, sem revelar exatamente onde.
Durante o Chinnovation 2017, os fundadores do Delivery Center, estarão apresentando formalmente ao mercado o plano de lançamento das primeiras centrais de delivery a serem implantadas no Brasil, que contempla a inauguração de 4 prédios ainda em 2017 o inicio da obra de mais 8 até março de 2018, entre prédios próprios e módulos de expedição que estão sendo preparados em parceria com os shopping centers tradicionais.
De acordo com o plano de negócios da empresa, cada central de delivery será composta por cerca de 20 estabelecimentos entre restaurantes, farmácias, mercados e serviços de conveniência, e devem faturar cerca de R$ 10 milhões por ano atendendo os consumidores num raio de até 4km de sua localização.
