85% da ruptura no varejo pode ser evitada dentro das lojas

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Especialista da Diagma apresenta as tecnologia e estratégias de gestão para evitar perda de faturamento nas gôndolas

A ruptura – ou a falta de produto na gôndola do ponto de venda, no momento em que o consumidor ali o procura – é um dos maiores desafios da indústria, varejo e distribuidores, chegando próximo ao índice de 10% do faturamento das lojas em 2016.

O assunto é discutido pelo especialista da Diagma Consultoria em Supply Chain João M Benedetto, que fala sobre a possibilidade de redução das rupturas nas gôndolas.

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Ajustar o abastecimento e adotar a automatização de sistemas pode ser um bom início, diz Benedetto. “O aumento na ocorrência de rupturas não significa que os processos das empresas não tenham melhorado ou falte investimento. As companhias se aprimoraram, e muito, na última década, sobretudo com a disseminação do conceito de Supply Chain Management, ou gerenciamento da cadeia de suprimentos. Compreender que o resultado individual das corporações depende do resultado da cadeia permitiu grandes avanços na gestão de estoques e abastecimento”, explica o consultor da Diagma.

Segundo ele, a cadeia do varejo aumentou tanto em complexidade que os ganhos em processo não foram refletidos na redução da ruptura. Do lado da indústria, importantes armas na disputa pela atenção do consumidor têm sido uma enorme variedade de produtos, com muitos lançamentos e promoções a cada ano. “São literalmente centenas de milhares de itens diferentes para serem produzidos, transportados e estocados”, lembra Benedetto.

Já o varejo, em resposta à evolução do perfil do shopper (comprador), multiplicou os formatos de loja. Regiões onde antes havia apenas um imenso centro de compras (formato hiper) passaram a ter muitas pequenas e médias lojas, eventualmente, uma grande. E cada cluster (combinação de tamanho de loja com região e cliente-alvo) pede um sortimento de produtos distintos.

“Imaginem o que é pilotar toda essa complexidade. Não é de estranhar que, por vezes, algum produto fique esquecido em um elo da cadeia, e falte na prateleira”, afirma o especialista. Para ele, nenhuma empresa sozinha seria capaz de gerenciar essa operação gigantesca e resolver seus inúmeros problemas. “É preciso levar a aplicação do conceito de Supply Chain Management ainda mais longe, para fazer frente ao desafio da ruptura”, completa.