Alta do dólar pode impactar importações para o Brasil; estratégia bem definida pode transformar crise em oportunidade
Especialista destaca como apoio especializado pode mitigar impactos cambiais e abrir novas possibilidades no comércio exterior
Na última sexta-feira (27), o dólar teve um alto desempenho e subiu para R$ 6,21 nos primeiros minutos do pregão, um dos pontos mais altos em 2024. Novos dados sobre inflação e desemprego no Brasil, junto a novos fatores no cenário político e fiscal, geraram essa influência no movimento da moeda. Para empresários que dependem de importação, a valorização da moeda norte-americana reforçou ainda mais os desafios.
Ainda nesta questão, as projeções indicam que isto pode se agravar, com a moeda chegando a R$ 6,25, ou até R$ 7, no pior dos cenários, em 2025, segundo o BTG Pactual. Apesar das adversidades, o especialista reforça que um planejamento estratégico e o apoio de consultorias especializadas podem minimizar prejuízos e criar oportunidades de crescimento para os importadores.
Principais desafios
Com a alta do dólar, quem importa tem sido afetado, especialmente os novos importadores, que por diversas vezes adiam os investimentos por conta da incerteza cambial. Lincoln Fracari, especialista em importações da China e CEO da China Link, maior empresa de soluções em importação do Brasil, sediada em Santos, destacou que, embora os empresários já estabelecidos no setor tenham estratégias para lidar com a oscilação, o impacto ainda é significativo.
“Quando o dólar sobe, os novos importadores costumam segurar seus investimentos, esperando para ver o que vai acontecer. Já quem trabalha com importação sabe que, mesmo preferindo um câmbio mais baixo, terá que repassar o aumento ao cliente final. O maior problema surge quando os produtos chegam com preços reajustados, provocando uma inflação nos bens importados”, explica Lincoln.
Mesmo assim, o executivo ressalta que a importação é indispensável para a economia brasileira. “Não há como o Brasil deixar de importar. Se a indústria local não produz um determinado produto, ele precisa vir de fora. Continuar comprando de intermediários locais, em vez de importar diretamente, só aumenta os custos, já que a margem de lucro desses importadores também cresce com a alta do dólar”, afirma.
Mesmo em um contexto complexo, Lincoln destaca que a guinada do dólar pode ser uma oportunidade para quem busca importar diretamente. Ele reforçou ainda que o planejamento é essencial para enfrentar a volatilidade cambial.
“Toda vez que o dólar sobe, às margens dos importadores por serem uma porcentagem do preço de venda também sobe. Então você vai acabar pagando mais caro num produto importado ao invés de importar direto. Toda vez que o dólar aumenta, você teoricamente está pagando mais caro por um produto e você podia ganhar toda essa margem para você. Com uma estratégia bem definida, é possível reduzir custos e tornar a operação mais eficiente”, comenta.
Para ele, a previsibilidade é o ponto chave, pois quem não se planeja, perde oportunidades de crescer e agir estrategicamente é o diferencial para se destacar em um mercado competitivo.
No caso da empresa do executivo, a China Link, a consultoria que envolve todos os processos, ajuda os empresários que desejam otimizar suas importações, auxiliando desde a análise de viabilidade e escolha de fornecedores até a gestão logística e alfandegária.
“Nosso objetivo é mostrar que, com o planejamento certo, a importação pode ser uma solução rentável e menos arriscada, mesmo em cenários de alta do dólar. A experiência de nossos consultores permite que os clientes tomem decisões informadas e bem fundamentadas”, destaca Fracari.
Cenário para 2025
O mercado financeiro continua atento às projeções para os próximos anos. A expectativa de novos aumentos no dólar, somada aos desequilíbrios fiscais e políticos, exige ainda mais planejamento e agilidade por parte dos importadores.
Empresas que apostam em estratégias bem estruturadas têm mais chances de se adaptarem ao cenário desafiador e aproveitarem as oportunidades geradas pela por essa instabilidade cambial.
Sobre Grupo China Link
O Grupo China Link iniciou suas atividades em outubro de 2009 no setor de importações da China. Nos anos seguintes, expandiu sua presença no mercado brasileiro e, atualmente, as empresas da holding atuam em áreas que vão desde a consultoria de importação até o bem-estar e a segurança ocupacional dos colaboradores. A missão é oferecer uma ampla gama de soluções B2B no mercado. Entre as marcas atendidas pelo Grupo China Link estão Carrefour, Buddemeyer, HP, Klabin, Farmaervas, Flamengo FC, Ford, Fox, CVC, Rock In Rio, Scania, Sebrae, Track & Field, Trifil, entre outras.
Com os anos, a holding ampliou sua participação em diversas áreas de atuação, contando com as subsidiárias: China Link, Mamba Digital, Processo Log & Comex, ImpoClub, Big Blue Seguros, Sharpei Snacks, CLT Med, Sharpei Vending Machine, CLT Cert, ContCommerce, Carpa e Método 12P.
Sobre Lincoln Fracari
Lincoln Fracari é fundador do Grupo China Link e CEO da China Link, onde se destaca como consultor na área de negócios com a China e a Ásia. Empresário, investidor e palestrante, também é autor dos livros ‘Importador Profissional – O caminho para importação da China’, que ficou na lista dos mais vendidos na categoria de negócios, e o ‘Cabeça de líder, Mentalidade de CEO’, lançado recentemente. É formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista e especializado em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.