Por Valmir Colodrão*
A rentabilidade e sustentabilidade da sua companhia envolvem a procura de maneiras de aumentar a receita e diminuir custos. Mas como fazer isso sem repassar os custos para o cliente final? Lucro é essencial em qualquer negócio, incluindo as empresas de transporte, uma vez que sua operação conta com diversos incrementos de insumos e serviços para funcionar.
Sei que muitos relacionam o crescimento na carteira de clientes a uma maior lucratividade. No entanto, enquanto novos parceiros significam expansão dos negócios, mais serviços e produtos oferecidos, prospectá-los pode ser uma estratégia cara: pesquisas apontam que um recém-chegado pode custar em média oito vezes mais do que manter um atual. Por isso, aposte em programas de retenção e no treinamento da equipe para que fique fácil identificar e rastrear o público propenso a ter um laço mais duradouro.
Para isso é comum que as organizações usem sistemas CRM para conhecer melhor seus clientes, porém enfatizo que esses softwares não fazem a gerência por si só, mas apenas fornecem dados para facilitar as atividades rotineiras. O que impacta efetivamente na lucratividade é localizar gargalos na operação e corrigi-los rapidamente para que nenhum orçamento ou atendimento deixe de ser efetivado.
No caso das transportadoras, investir na tecnologia certa é diretamente relacionado ao crescimento dos negócios. Recentemente, li dados publicados pela consultoria norte americana Alberdeen Research que mostram que as companhias que utilizam um software de gestão (ERP) são 73% mais produtivas e têm redução de 18% nos custos operacionais e de 16% nos administrativos. Aconselho conhecer quais as opções disponíveis no mercado de acordo com a necessidade de sua companhia, pensando em resultados a curto e médio prazo. Nas transportadoras esse tipo de sistema atende diversas demandas como a automação de atividades, integração de informações e mitigação de desperdícios e gastos.
Outra administração importante a ser feita é gestão de estoque para otimizar recursos e aprimorar o fluxo de caixa, não deixando o dinheiro parado e minimizando perdas que vêm de um estoque descontinuado. Os gestores procuram trabalhar com itens que tenham um bom giro, e mas devemos tomar cuidado para que aqueles que têm uma saída rápida não fiquem em falta e prejudiquem os resultados.
Isso pode ser um desafio, pois ao mesmo tempo que é necessário atender à demanda dos clientes, a quantidade de itens não pode consumir os lucros. Use um sistema gerencial para a consulta ao histórico da operação e a avaliação da sazonalidade do negócio, que são estratégias para prever pedidos e possibilitar que uma nova ordem de compra seja feita no prazo e na quantidade adequada.
Não perca tempo
São muitas variáveis e detalhes que nós gestores precisamos nos atentar para obter desfechos positivos. A eficiência e evolução da operação fazem a diferença entre lucro e prejuízo, não perca tempo e invista em estratégias e tecnologias que trarão um resultado efetivo.
*Valmir Colodrão é diretor e sócio-fundador da BgmRodotec, empresa do segmento de software de gestão para empresas de transporte. www.bgmrodotec.com.br