Black Friday 2025: infraestrutura robusta, IA agente e estratégia de retenção definem quem sai na frente no varejo

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Black Friday 2025: infraestrutura robusta, IA agente e estratégia de retenção definem quem sai na frente no varejo

 Com picos de tráfego e consumidores menos tolerantes a fricções, data será um termômetro da maturidade tecnológica do varejo brasileiro

 O e-commerce brasileiro segue em trajetória de expansão e deve bater novos recordes em 2025. Entre novembro e dezembro de 2024, as vendas online movimentaram R$9,38 bilhões, um crescimento de 10,7% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Neotrust. No mesmo período, o volume de pedidos chegou a 18,2 milhões, alta de aproximadamente 14% sobre 2023.

 Para este ano, a projeção é ainda mais otimista: o faturamento do e-commerce durante a Black Friday pode alcançar R$13,34 bilhões, de acordo com estimativas da Neotrust, o que representaria uma expansão de 14,7% frente a 2024 .

 No entanto, a Black Friday de 2025 promete ser mais do que uma disputa por preços agressivos: será um termômetro da maturidade tecnológica do varejo brasileiro. Com picos de tráfego inéditos, volume crescente de atendimentos e consumidores menos tolerantes a fricções, varejistas estão apostando em três pilares: infraestrutura estável, inteligência artificial aplicada ao atendimento e estratégias de retenção guiadas por dados. Entenda como:

 Recursos avançados de servidores reforçam segurança na Black Friday

 Durante a Black Friday, a performance e a estabilidade dos e-commerces e lojas virtuais ganham papel central na experiência de compra. Em termos de infraestrutura, a hospedagem com recursos isolados, como servidores dedicados ou VPS (Virtual Private Server) tem nível máximo de segurança e desempenho, oferecendo autonomia e total controle técnico. Esse tipo de arquitetura permite que as empresas de e-commerce se preparem de forma mais precisa para receber um alto volume de acessos simultâneos, evitando instabilidade, e garantindo uma camada extra de segurança para o negócio. “Para negócios digitais, especialmente e-commerces, isso se traduz em uma vantagem competitiva essencial: operar com segurança, desempenho máximo e previsibilidade em um dos períodos mais críticos do ano”, comenta Ricardo Melo, VP de Product e Growth na HostGator.

 IA agente redefine o atendimento em alta demanda e reduz gargalos operacionais

 Com o aumento exponencial das interações durante a Black Friday sobre entrega, devoluções, disponibilidade e status de pedido, a IA agente (Agentic AI) passa a desempenhar um papel central. A tecnologia consegue responder dúvidas simples e complexas, executar fluxos autonomamente (como o reenvio de um item danificado) e consultar múltiplos sistemas para dar respostas completas e contextualizadas.
 

Segundo Stefan Furtado, Gerente Regional da Manhattan Associates, agentes de IA integrados aos sistemas de pagamento, estoque e pedidos já conseguem entregar um atendimento equivalente ao de um operador humano experiente, com disponibilidade 24 horas por dia e escala ilimitada.

 Além de atender diretamente, a IA também apoia operadores humanos, reduzindo o tempo médio de atendimento ao centralizar informações que antes estavam espalhadas em diversos sistemas. A análise em tempo real das conversas ainda permite identificar falhas de navegação, erros de pagamento ou atrasos logísticos antes que virem problemas generalizados.

 Fidelizar clientes além de só atrair

 Durante a Black Friday, o foco das marcas costuma estar na aquisição em massa, mas os dados revelam que o verdadeiro potencial está na retenção. O acompanhamento analítico das jornadas dos consumidores permite entender padrões de recompra e ajustar estratégias para além da data promocional. “Muitas empresas concentram esforços em atrair novos clientes, mas negligenciam quem já comprou. Ao cruzar dados de funil de vendas, canais de origem e comportamento pós-compra, conseguimos identificar oportunidades de reativação e criar campanhas personalizadas que mantêm o cliente engajado após o pico de vendas”, explica Renan Caixeiro, cofundador do Reportei, plataforma de relatórios e dashboards para marketing e vendas.

 Segundo Caixeiro, o segredo está em transformar o volume de dados coletados na Black Friday em inteligência contínua. Ele recomenda que empresas integrem seus relatórios de marketing com dados de CRM para mensurar o lifetime value e monitorar o comportamento dos clientes mais lucrativos. “A retenção é uma métrica de longo prazo, mas começa com a análise de curto prazo. Entender quais campanhas geraram não só conversão, mas também recorrência, é o primeiro passo para construir relacionamentos duradouros.