Conectividade de alta performance impulsiona economia digital e atrai investimentos locais

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Conectividade de alta performance impulsiona economia digital e atrai investimentos locais

No Brasil desde março, a DE-CIX, maior operadora de Internet Exchange (IX) do mundo, fortalece o crescimento tecnológico ao redor do globo. Em Dubai, soluções da empresa reduziram a latência de 200 ms para 3 ms e diminuíram os custos de trânsito IP em 98%

 

       

                                     Crédito: DE-CIX

 

São Paulo, maio de 2025 – Em um mundo cada vez mais digital, a capacidade de oferecer conectividade de alta performance tornou-se um diferencial estratégico para cidades que desejam se destacar na atração de empresas e talentos. O acesso à internet de qualidade, a baixa latência e a interconexão direta entre redes são fatores essenciais para impulsionar a economia digital e o desenvolvimento regional.

De acordo com Ivo Ivanov, CEO da DE-CIX, principal operadora de Internet Exchange (IX) do mundo, a troca direta de tráfego entre redes reduz a latência, otimiza o desempenho dos aplicativos corporativos e reduz os custos de conectividade. “Cada milissegundo conta quando se trata de transferência de dados. A interconexão local permite caminhos mais curtos e seguros, além de fomentar um ecossistema digital competitivo e resiliente”, explica o executivo.

Com o lançamento dos pontos de troca de tráfego da Internet (IXs) em São Paulo e no Rio de Janeiro em março de 2025, o Brasil passa a ter acesso a um ecossistema de interconexão globalmente integrado. Pela primeira vez no país, dois IXs estão interconectados desde o primeiro dia, permitindo peering local e remoto em redes nacionais e internacionais. Por meio de conexões com a DE-CIX em Nova York, Lisboa, Madri, Frankfurt e outros, o Brasil agora faz parte do maior ecossistema de interconexão do mundo.

Cidades inteligentes
Nas últimas três décadas, cidades como Frankfurt, Amsterdã e Londres se transformaram em grandes centros digitais globais, atraindo data centers, redes e empresas de tecnologia. Nos Estados Unidos, cidades como Nova York e Dallas seguiram esse caminho, enquanto na Ásia, Cingapura, Tóquio e Xangai se destacaram.

Hoje, há uma segunda onda de desenvolvimento surgindo em mercados estrangeiros, onde pontos de troca de tráfego da Internet (IXPs) robustos estão transformando a economia digital local. Um exemplo notável é o UAE-IX, operado pela DE-CIX em Dubai (Emirados Árabes Unidos). Desde sua implementação, a latência de 200 ms foi reduzida para apenas 3 ms, os custos de trânsito de IP caíram 98% e isso impulsionou a instalação de data centers e serviços em nuvem na região.

“A transformação em Dubai fala por si só: o resultado foi um aumento de 35% no PIB não petrolífero dos Emirados Árabes Unidos, bem como um aumento de 700% na instalação de sedes globais para empresas internacionais”, ressalta Ivanov.

Novos polos digitais
À medida que a transformação digital acelera, até mesmo regiões menos urbanizadas estão investindo em IXPs locais para garantir conectividade de baixa latência e oferecer suporte a aplicativos modernos. O crescimento desses hubs atraem mais data centers, empresas e equipes de alto desempenho, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Nesse cenário, o papel do Brasil no mercado latino é fundamental para o desenvolvimento local.

Estudos da OCDE já apontam o acesso à Internet como um dos critérios para medir a atratividade de uma cidade para profissionais qualificados. Para os nômades digitais, pessoas que trabalham remotamente sem depender de um escritório fixo, as conexões rápidas e acessíveis estão entre as prioridades na escolha de um destino. As empresas, por outro lado, avaliam não apenas a infraestrutura e as regulamentações de transporte, mas também a disponibilidade de talentos e a conectividade de alto desempenho para processos digitais.

“Os próximos anos serão decisivos. Os mercados que investirem agora em interconexão local terão vantagem competitiva na atração de empresas de tecnologia, talentos e inovação”, explica Ivanov. “A economia digital é a base do crescimento futuro. Está claro que as cidades que se dedicarem à interconexão terão uma vantagem competitiva no esforço global para atrair investimentos e colaboradores qualificados”, acrescenta.

Sobre a DE-CIX
A DE-CIX é a principal operadora de Internet Exchanges (IXs) do mundo. Fundada em 1995, a empresa está comemorando seu 30º aniversário em 2025. A DE-CIX oferece seus serviços de interconexão em cerca de 60 locais na Europa, África, América do Norte e do Sul, Oriente Médio e Ásia. Hoje, acessível a partir de data centers em mais de 600 cidades em todo o mundo, a DE-CIX interconecta milhares de operadoras de rede (carriers), provedores de serviços de Internet (ISPs), provedores de conteúdo e redes corporativas de mais de 100 países, além de oferecer serviços de peering, nuvem e outros serviços de interconexão.
A DE-CIX Frankfurt é uma das maiores bolsas de valores da Internet do mundo, com volume de dados de mais de 45 Exabytes por ano (a partir de 2024) e cerca de 1.100 redes conectadas. Cerca de 250 profissionais de mais de 35 países diferentes formam a base da história de sucesso da DE-CIX na Alemanha e em todo o mundo. Desde o início da Internet comercial, o DE-CIX tem tido uma influência decisiva – em uma série de órgãos globais importantes, como a Internet Engineering Task Force (IETF) – na co-definição de princípios orientadores para a Internet do presente e do futuro. Como operador de uma infraestrutura crítica de TI, o DE-CIX tem uma grande responsabilidade pela troca de dados contínua, rápida e segura entre pessoas, empresas e organizações em suas instalações em todo o mundo.
Mais informações em www.de-cix.net