Estudo do cenário de galpões logísticos confirma ano histórico com recorde de absorções liquidas
Levantamento realizado pela consultoria Cushman & Wakefield destrincha os principais números de um dos mercados que mais cresceu ao longo da pandemia
O mercado galpões logísticos apresentou um histórico ano em 2020. Por conta do crescimento das vendas via e-commerce em todo o Brasil, o setor vem se sustentando aquecido desde meados de 2020. Um estudo realizado pela consultoria de serviços imobiliários Cushman & Wakefield sobre o cenário do mercado logístico de 2020 confirma o momento de guinada do setor.
A junção do número acentuado de locações com o excesso de demanda, contribuíram para uma confiança significativa de investidores e desenvolvedores, o que consequentemente impactou na taxa de vacância no mercado ao longo do ano. Atualmente, a taxa no Brasil está no nível mais baixo já registrado em uma série desde 2017, caindo 9.7 p.p. (alcançando 13%) e registrando a maior absorção líquida desde 2013, com 1,7 milhões de m2. Ainda no período, foi apontado um grande resultado de novo estoque, com 1,2 milhões de m2, o maior índice desde 2016.
A região de São Paulo se destaca, sendo responsável por 58% da absorção total, liderando também as novas locações que ocorreram no período. A ocupação, como previsto, ocorreu na sua grande maioria por empresas varejistas e atacadistas, em parques logísticos de alto padrão, próximos a áreas urbanas ou às principais estradas e rodovias que costumam ser trajetos estratégicos para entregas rápidas.
“As empresas de comércio virtual estão visando atender a atual demanda de entregas rápidas, porém estão focando no futuro, em que os consumidores devem manter o hábito de compras online, evitando as lojas físicas no curto prazo por conta da COVID-19. A experiência de compra cada vez mais completa e intuitiva, com vantagens e praticidade, e a ampliação do uso de aplicativos e plataformas online, devem manter o setor aquecido, com a possibilidade de novos parques logísticos em regiões alternativas possam surgir em breve. Para 2021, a expectativa inicial que temos é que sejam entregues mais de 1,18 milhão de m2 em todo o Brasil”, pontua Jadson Andrade, head de inteligência de mercado da Cushman & Wakefield.
Além de São Paulo, Minas Gerais apresentou um grande avanço no período, com o volume de absorção líquida atingindo mais de 19% do seu estoque total. “A região de Extrema ganhou a atenção de grandes players do varejo e atacado nacional, pois está estrategicamente localizada, com proximidade a São Paulo e Rio de Janeiro”, destaca Andrade.
Confira alguns números identificados a partir do estudo:
Evolução da Taxa de Vacância – Ano a ano
Evolução da Absorção Líquida – Ano a ano
Mercado | Estoque | Ocupações | Absorções | Absorção como % do Estoque |
Brasil | 19,971,678 | 1,181,760 | 1,727,263 | 8.6% |
São Paulo-SP | 12,382,960 | 653,561.98 | 997,819 | 8.1% |
Rio de Janeiro-RJ | 2,487,673 | 152,619.00 | 312,04 | 12.5% |
Minas Gerais-MG | 1,271,630 | 225,242.00 | 243,093 | 19.1% |
Pernambuco-PE | 854,231 | 38,021.00 | 58,793 | 6.9% |
Outras cidades | 2,975,184 | 112,316.00 | 115,514 | 3.9% |
Sobre a Cushman & Wakefield
A Cushman & Wakefield (NYSE: CWK) é uma líder global em serviços imobiliários corporativos que oferece valor excepcional para ocupantes e proprietários. É uma das maiores empresas do setor no mundo, com aproximadamente 53.000 funcionários em 400 escritórios e 60 países. Em 2019, seu faturamento foi de US$8,8 bilhões proveniente de suas principais linhas de serviços como gerenciamento de propriedades, facilities, gestão de projetos, locações, capital markets, avaliação imobiliária e outros serviços. Saiba mais em www.cushmanwakefield.com.br