Logística no Nordeste: o futuro passa pela tecnologia

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Logística no Nordeste: o futuro passa pela tecnologia

Por Felipe Leonardo, Senior Sales Manager da Drivin Brasil
 
 No setor de logística, um dilema se repete diariamente: como entregar cargas no prazo, com custos competitivos, e ainda atender a um mercado que não apenas exige agilidade, mas a espera como padrão. A máxima “é pra ontem” nunca fez tanto sentido.
 

Na região Nordeste do Brasil, esse desafio ganha contornos ainda mais complexos. A extensão territorial, as distâncias entre cidades, a infraestrutura que nem sempre acompanha o crescimento da demanda e a dispersão geográfica exigem soluções logísticas muito mais inteligentes. Soma-se a isso a expectativa de clientes e parceiros por total transparência e informações instantâneas sobre o andamento das operações.
 

No entanto, os dados revelam um cenário logístico nordestino que mostra sinais de transformação. Entre janeiro e maio de 2025, os portos da região movimentaram mais de 33,5 milhões de toneladas de carga com destaque para Itaqui (MA), Salvador (BA) e Natal (RN), com crescimento significativo em segmentos como fertilizantes (+35,7%), petróleo (+15%) e exportação de frutas em Natal, que disparou em mais de 920%, revertendo quedas anteriores. No transporte de cargas fracionadas, o Nordeste liderou no crescimento nacional em 2024, com uma alta de mais de 90% no volume de consultas, impulsionada por investimentos em hubs logísticos e melhorias em rodovias e portos.
 

E os pequenos e médios empreendedores regionais foram protagonistas: no segundo trimestre de 2025, as PMEs responderam pela movimentação de mais de 5 milhões de pacotes, com eficiência logística semelhante à média nacional com 47% entregues em até dois dias e 60% em até três.
 

Durante a Multimodal Nordeste, um dos principais eventos do setor na região, eu tive a oportunidade de conversar com gestores de transporte, indústria e comércio. O ponto de consenso foi evidente: contar com um sistema de gestão de transporte (TMS) moderno deixou de ser um diferencial para se tornar requisito básico para qualquer empresa que queira se manter competitiva e preparada para crescer.
 

Um TMS robusto e atualizado não é apenas uma ferramenta: é uma estrutura estratégica. Ele permite, por exemplo, que uma carga saindo de Fortaleza rumo ao interior da Bahia tenha sua rota calculada de forma automática, considerando tipo de veículo, condições de trânsito, horários de atendimento e restrições locais. O resultado? Menor consumo de combustível, menos atrasos, maior preservação da frota e, principalmente, entregas mais confiáveis.
 

Outra vantagem é a centralização das informações em uma espécie de “torre de controle” da operação, com dados em tempo real e recursos como comprovação de entrega por foto instantânea. Isso garante visibilidade e segurança a todos os envolvidos, fortalecendo a confiança e permitindo decisões rápidas e assertivas.
 

No cenário nordestino, onde a logística é vital tanto para a economia quanto para o cotidiano das pessoas, investir em tecnologia não é apenas uma questão de modernização, é um divisor de águas entre empresas que permanecem presas a modelos ultrapassados e aquelas que se preparam para o futuro.
 

Mais do que otimizar processos, um TMS escalável e seguro oferece a capacidade de adaptação e crescimento na mesma velocidade que o mercado exige. E, no fim das contas, pouco importa o tamanho da carga ou a distância percorrida: o que realmente conta é chegar no prazo, com segurança, e com a confiança que só a união de experiência e tecnologia pode proporcionar.