Mais do que vender, portanto, agora o desafio do comércio eletrônico é entregar nas condições combinadas com custos viáveis
O dado é um reflexo da pandemia e da necessidade de digitalização das empresas, com a migração em massa de pequenos e médios negócios para o comércio eletrônico impressiona
O Brasil bateu um importante recorde em 2020, totalizando mais de 1,3 milhão de lojas on-line, com um ritmo de crescimento de 40,7% ao ano. O dado é um reflexo da pandemia e da necessidade de digitalização das empresas, com a migração em massa de pequenos e médios negócios para o comércio eletrônico impressiona. E foi divulgado na 6ª edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro.
Mais do que vender, portanto, agora o desafio do comércio eletrônico é entregar nas condições combinadas com custos viáveis. “E as melhores empresas também já perceberam que a logística será um diferencial competitivo para alavancar ainda mais o negócio. Distribuir na cidade sempre foi complexo e caro. Com o aumento de volume observado desde março — que é uma tendência —, as dificuldades aumentaram e ainda tornaram a questão urgente. A solução deve ser buscada agora e demanda mais inteligência do que tamanho, com a incorporação de tecnologia e estratégias de centros de distribuição menores e mais próximos dos clientes”, explica Antonio Wrobleski, engenheiro com MBA na NYU (New York University), presidente do Conselho de Administração da Pathfind, conselheiro na BBM Logística e e sócio da Awro Logística e Participações.
Marcas que mesmo antes do cenário da pandemia já funcionavam de maneira 100% on-line viram os números de vendas decolarem, como é o caso da plataforma digital de serviços e compra de vinhos Eniwine. Enquanto diversos setores de bebidas no Brasil têm sofrido queda, o mercado de vinhos segue aquecido e foi impulsionado durante a pandemia. Segundo pesquisa realizada pela Ideal Consulting, a importação de vinho nos primeiros cinco meses do ano de 2020 no Brasil aumentou 5% em volume, somando 43 milhões de litros. Marcelo Albrileri, CEO da Eniwine observou o aumento dos pedidos: “Nosso catálogo é completo, oferece rótulos do mundo todo e com diversas faixas de preço.
Nosso trabalho sempre foi facilitar o acesso a vinhos de qualidade de forma prática e personalizada. Já estávamos observando um crescimento considerável nas vendas. O aumento de 20% faz parte deste processo, que já vinha acontecendo”, ressalta Albrileri.
Lançado no final de 2019, a Eniwine volta agora com tudo com sua maior atração, aproveitando essa alta do e-commerce, o Digital Sommelier, que ao invés de levar em consideração premiações e notas de outras pessoas, considera os gostos e preferências do cliente. “Independentemente se nosso cliente é iniciante ou avançado, o objetivo é o de democratizar cada vez mais o consumo de vinho, mas principalmente, respeitar os gostos de cada um de nossos consumidores”, diz Marcelo Abrileri, criador da Eniwine e do novo sistema “que é ainda mais indicado para aqueles que são iniciantes ou que tem mais dúvida na hora de escolher um vinho, algo tão amplo e com tantas opções”, complementa.
Diferencial
Para Antonio Wrobleski, entregar com qualidade é indispensável para conquistar a confiança do novo cliente do e-commerce. “O boom de vendas só vai se consolidar se as empresas cumprirem o combinado com custos que sejam viáveis para compradores e vendedores. Além disso, é importante lembrar que a pandemia apenas adiantou a transformação digital pela qual já estávamos passando. O futuro é do comércio eletrônico e das empresas que estiverem preparadas para ele”.