Mercado de galpões logísticos segue aquecido na Cidade de São Paulo com projeção de crescimento para 2025
Com baixa disponibilidade de imóveis prontos, os ocupantes começam a se atentar às novas possibilidades, o que deve alongar os ciclos de negociação e impactar momentaneamente a absorção
São Paulo, abril de 2025 – São Paulo segue como um dos mercados logísticos mais dinâmicos do país, encerrando o ano com uma taxa de vacância de 8,9%, de acordo com Mauricio Nascimento, Gerente Executivo da Colliers, líder global de serviços imobiliários.
Com baixa disponibilidade de imóveis prontos, os ocupantes começam a se atentar às novas possibilidades, o que deve alongar os ciclos de negociação e impactar momentaneamente a absorção. “Apesar disso, o setor segue aquecido, com uma expectativa de crescimento significativa”, diz ele.
De acordo com o especialista, o perfil das locações foi uma das principais mudanças observadas no último ano. Enquanto 2023 foi marcado por grandes transações acima de 30 mil metros quadrados, 2024 apresentou um maior volume de contratos, porém com áreas menores, geralmente de até 15 mil metros quadrados. Para Maurício, esse movimento indica que o middle market deve ganhar ainda mais espaço no próximo ano.
Outro fator relevante para 2025 é a valorização dos alugueis. “Com a demanda alta e pouca previsão de novos estoques nos próximos dois anos, os reajustes já ultrapassam a inflação, com aumentos reais na casa dos 20%”, revela o executivo da Colliers, completando que esse cenário favorece proprietários e desenvolvedores, que encontram um ambiente propício para renegociações.
O executivo da Colliers diz ainda que a escassez de grandes áreas também se tornou uma realidade no mercado, uma vez que as empresas que buscam espaços acima de 50 mil metros quadrados já enfrentam desafios para encontrar imóveis disponíveis. Este cenário fortalece a tendência de pré-locações e contratos built-to-suit (BTS), adaptando projetos às necessidades específicas dos ocupantes.
“A dinâmica do setor segue em ritmo acelerado e o mercado logístico paulista continuará sendo um dos principais pólos de crescimento e investimento no Brasil”, conclui Mauricio.