O impacto de uma Torre de Controle no setor de transporte Por Fábio Leite, CEO da Addiante A otimização logística, de custo e produtividade são pontos perseguidos por uma empresa que deseja crescer e expandir seus negócios. A tecnologia é uma das grandes aliadas para alcançar a melhoria dos processos e auxiliar na tomada de decisões e na resolução de problemas que interferem diretamente no bom andamento de uma companhia. Uma ferramenta que tem conquistado a visibilidade e adeptos no mundo corporativo é a Torre de Controle, uma central de inteligência que reúne diversos dados a respeito das operações realizadas por uma empresa. No aspecto logístico, ela cumpre a função de dar visibilidade integral a todos os dados e informações do setor. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 9 em cada 10 empresas utilizam sistemas para monitorar a operação de veículos nas estradas e rodovias, mas isso não quer dizer que todas elas sabem o que fazer com esse dado coletado ou mesmo que utilizam essa informação para a atuação em tempo real. Isso porque o monitoramento simultâneo possibilita prever possíveis problemas e oferecer soluções de forma mais rápida e assertiva. No caso do segmento de transportes, especificamente o mercado de aluguel de veículos pesados, a Torre de Controle reúne os dados coletados por meio de tecnologia embarcada nos equipamentos locados dos mais diversos tipos e segmentos e consolida os dados em informações preditivas em curto espaço de tempo. Dessa forma, pode atuar de forma ágil e até mesmo antecipada, alcançando, por exemplo, uma redução de custos em até 50% na manutenção de veículos pesados. Os números apontam também para um ganho satisfatório de até 30% em eficiência, isso porque ao monitorar em tempo real o desempenho dos veículos, é possível traçar estratégias de melhoria de rota, diminuir do uso de combustíveis e a emissão de carbono na atmosfera, aumentar a segurança do condutor, gerir trocas de pneus e manutenções que devem ser realizadas momentaneamente ou a médio e longo prazo. A central emite informações precisas que possibilitam a companhia identificar, por exemplo, se o problema acusado no automóvel é de competência do motorista ou se o veículo deverá ser encaminhado a uma empresa especializada. A torre indica a melhor solução e a concessionária mais próxima para que o ativo não permaneça inoperante por muito tempo. Todo esse aparato potencializa o resultado logísticos das operações, aumenta o desempenho dos veículos e alavanca a produtividade. A ferramenta trata cada veículo como um centro de resultados. É possível garantir por meio das informações online o máximo de caminhões disponíveis para que possa realizar mais atividades no dia a dia, gerando mais receita e maior rentabilidade para os clientes. As perdas causadas por um ativo inoperante são altas para uma empresa, já que a situação interfere diretamente no fluxo de transporte e atrapalha toda a cadeia produtiva. A ideia principal da torre, neste cenário, é minimizar o tempo de inatividade de um caminhão por um prazo além do necessário. Neste sentido, o aparato de inteligência calcula o intervalo ideal para que o conserto ou a correção de um problema seja realizado. Em paralelo, ela permite identificar as horas que o veículo permanece imóvel ao longo do dia, o quanto ele percorreu, se houve pausa para o motorista descansar ou se ele está excedendo o tempo permitido por lei. Além de oferecer benefícios no âmbito material, o monitoramento visa zelar pela segurança do condutor. A orientação de rotas mais seguras, por exemplo, é um dos dados possíveis de extrair da Torre de Controle e, assim, traçar desvios das zonas que possam oferecer perigos ao longo do percurso. Por meio da torre também é possível captar de informações que identificam e classificam os motoristas de acordo com o seu perfil de condução no aspecto de segurança. Com essas informações em mãos, é possível realizar treinamentos direcionados visando sempre a integridade física dos motoristas/operadores, assim como a segurança de uma operação como um todo. A mensuração dos ganhos com a implantação de uma Torre de Controle pode ser uma atividade complexa, uma vez que ela interfere no andamento de todas as operações de uma companhia. Os benefícios relacionados aos aspectos financeiros são possíveis de medir, mas as melhorias no andamento de fluxo interno, na gestão de pessoas, no aperfeiçoamento do manuseio dos aparelhos, por meio de treinamentos sinalizados pela central de inteligência são êxitos qualitativos difíceis de obter uma medição precisa. Por fim, a torre é capaz de produzir mudanças estruturais permanentes numa gestão empresarial e aperfeiçoar sistemas de forma eficiente e assertiva. Foto – Fábio Leite, CEO da Addiante |