O que o Brasil pode aprender com a automação e integração da logística chinesa
Iniciativa da nstech levou 40 executivos ao país: importância da automação, inteligência de dados e ecossistemas integrados são insights valiosos para o futuro da logística latino-americana
A China vive a era da integração inteligente: uma fase em que tecnologia, automação e ecossistemas digitais convergem para redefinir cadeias produtivas inteiras. Do Porto de Xangai, totalmente automatizado e capaz de movimentar mais de 50 milhões de contêineres por ano, aos superapps como Alipay e WeChat, que concentram pagamentos, transporte, saúde e educação em um único ambiente, o país transformou complexidade em fluidez.
Promovida pela nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina e uma das 5 maiores SaaS do Brasil, a Missão China levou 40 executivos para observar como essa lógica de integração pode servir de modelo para a logística latino-americana, ainda marcada pela fragmentação e pela baixa conectividade entre elos da cadeia.
As visitas a gigantes como Alibaba, JD Logistics e SF Express mostraram que a automação não é apenas uma questão de eficiência operacional, mas de competitividade nacional.
O supply chain brasileiro enfrenta desafios de fragmentação e impactos de hiperinflação desde 1994. Por isso, o disparo dos custos logísticos no Brasil: em 2012, representavam 11,5% do PIB brasileiro; em 2023, esse percentual chegou a 18,4%, segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS).
“Por isso, é essencial aprender com quem está moldando o futuro: a China nos mostra o poder de unir dados, tecnologia e visão de longo prazo para criar ecossistemas realmente integrados. Essa é a direção para a qual a logística global está caminhando — e o Brasil precisa acelerar nesse sentido”, analisa Vasco Oliveira, CEO da nstech.
No país asiático, drones, veículos autônomos e sistemas de controle remoto já fazem parte do cotidiano das operações logísticas, sustentados por uma infraestrutura digital robusta e conectada. O resultado é um ecossistema em que cada ator — do porto ao caminhoneiro — atua de forma sincronizada, baseada em dados e automação.
Esse modelo inspira a evolução da TNS (Transportation Network System), rede de logística integrada lançada pela nstech em outubro. A novidade consiste em uma rede digital capaz de conectar todos os participantes da cadeia logística latino-americana em um único ambiente. A lógica é semelhante à dos superapps chineses: uma plataforma única, colaborativa e inteligente, na qual embarcadores, transportadoras e motoristas acessam soluções integradas para gestão, automação e eficiência.
“Os superapps transformaram a China porque simplificaram a experiência das pessoas. Na logística, a integração tem o mesmo efeito: reduz atritos, eleva o nível de serviço e cria valor em rede. Esse é o movimento que já começou na América Latina, com a TNS como parte desse novo ecossistema conectado”, detalha Oliveira.
A jornada pela China reforça uma tendência: a logística deixou de ser apenas transporte de cargas para se tornar um sistema vivo, baseado em automação, dados e colaboração. E as empresas que souberem combinar as dimensões de tecnologia, integração e visão de longo prazo estarão mais preparadas para competir em escala global.
A trajetória continua no radar da nstech sendo o principal tópico do último nsclub de 2025, evento de networking para C-levels de logística realizado pela companhia. Dia 03 de dezembro, quarta-feira, às 17h, Ricardo Geromel, investidor, colunista da Forbes e uma das mentes mais afiadas do ecossistema global de inovação, palestrará no encontro falando sobre vivências que vão do Vale do Silício às engrenagens do poder na China, detalhando o que está por trás do maior motor de transformação global. Às 18h30, a nstech promove um coquetel com experiência gastronômica sino-brasileira.




