Operação Carne Fraca reforça importância da rastreabilidade de alimentos

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Sistemas de rastreabilidade poderão ser utilizados para a retirada de alimentos apontadas pela Operação Carne Fraca

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) poderá utilizar sistemas de rastreabilidade para retirar do mercado alimentos com matéria-prima vencida ou de qualidade inferior na fabricação, irregularidades apontadas pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada. A Defesa Agropecuária do Mapa está avaliando a situação para tomar as medidas necessárias, o que pode incluir o recolhimento das mercadorias.

“A padronização das informações é fundamental em casos como esse”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.

No caso da Operação Carne Fraca, a investigação apurou a venda de produtos irregulares para o mercado interno, afetando também o mercado internacional. Ao utilizar normas globais de identificação, é possível saber a localização de determinado produto na cadeia logística além das fronteiras. A rastreabilidade representa a capacidade de recuperação do histórico, da aplicação ou da localização de mercadorias por meio da impressão de números de identificação. A uniformização de informações, que se dá via código de barras, código eletrônico de produto e identificação por radiofrequência (EPC/RFI) tornam os processos logísticos mais seguros e eficientes.

Essas tecnologias auxiliam na medição, descrição ou classificação de produtos ou serviços e dão a eles uma identidade única em qualquer lugar em que sejam comercializados. Os padrões GS1 são utilizados em mais de 150 países, identificando com exclusividade, produtos, unidades logísticas, localizações, ativos, serviços, além de propiciar a inclusão de dados adicionais ao produto como nº de lote, nº do processador (SIF), data de validade, etc. As empresas podem acompanhar a trajetória e a exata posição de seus produtos, a qualquer momento e em qualquer lugar.

Para isso, é necessário que todos os parceiros comerciais possuam uma identificação global padronizada. ​​​O Padrão Global de Rastreabilidade GS1 torna possível sistemas de rastreabilidade de alimentos em uma escala global – independentemente de quantas empresas estejam envolvidas ou de quantas fronteiras sejam cruzadas enquanto alimentos e ingredientes alimentícios viajam de uma ponta da cadeia de suprimento, percorrendo todo o caminho até o consumidor.

O Padrão Global de Rastreabilidade GS1 foi desenvolvido dentro do Processo de Gerenciamento de Padrões Globais GS1 (GSMP), uma comunidade de mais de 800 empresas da Ásia, Europa e Américas, que representa varejistas, fornecedores, indústrias, Organizações Membros da GS1 e provedores de soluções, de todos os setores da economia.

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Sobre a GS1 Brasil

A GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação é uma organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos, tem seu padrão adotado em 150 países e possui sedes em 112 deles. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. A organização brasileira tem 58,5 mil associados. Mais informações em www.gs1br.org.