A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) realizou o Fórum Operação Safra 2017, no Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Concais), no Porto de Santos. O evento é estratégico para intensificar ações de gestão de tráfego de caminhões, desde a origem da carga até sua chegada ao Porto, durante o escoamento das safras agrícolas neste ano.
O diretor-presidente da Codesp, Alex Oliva, que se encontrava no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, em Brasília, para assinatura do contrato de dragagem do Porto de Santos, foi representado pelo diretor de Relações com o Mercado e Comunidade, Cleveland Lofrano. O diretor afirmou que “cada vez mais o Porto de Santos planeja e aprimora o escoamento das safras agrícolas ao longo de toda a cadeia logística, com participação de todos os agentes envolvidos nesse processo”. Realizado desde 2014, o Fórum Operação Safra vem propiciando a redução de conflitos e eliminação dos congestionamentos verificados até 2013.
Lofrano destacou o sistema Portolog, que vem permitindo maior eficiência e menos tempo de espera nas operações portuárias. “Temos uma previsão de recorde de produção de grãos para este ano, o que acarretará em um aumento substancial na movimentação de cargas no Porto de Santos, que deverá superar as 120 milhões de toneladas. Assim, temos que estar preparados para que as operações ocorram de forma eficiente e sem transtornos à população”, afirma.
Diante desse cenário, o diretor da Codesp explica que a Autoridade Portuária coordena as ações de todos os agentes envolvidos, propiciando um aperfeiçoamento contínuo nos processos de escoamento das safras. “Percebemos uma adesão cada vez maior dos terminais a esse processo, devido à importância desse planejamento para suas operações”.
O diretor de Operações Logísticas, Celino Ferreira da Fonseca, disse que para assegurar maior eficiência às operações o Porto de Santos vem disponibilizando todos os meios modernos e adequados que permitam atender às necessidades dos clientes, visando maior produtividade nas operações portuárias.
Todo o planejamento conta com a participação dos ministérios dos Transportes, Portos e Aviação Civil; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; prefeituras de Santos, Cubatão e Guarujá; Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp); Polícia Rodoviária Federal e Polícia Rodoviária Estadual; Ecovias e pátios reguladores.
O coordenador Geral de Infraestrutura e Logística para o Setor Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Alberto Nunes Batista, destacou a importância de se pensar e estruturar toda a cadeia logística antes que os problemas aconteçam. “A ampliação dos volumes a serem exportados, normalmente, traziam surpresas para os portos. Hoje, nós planejamos com antecedência para manter o fluxo de exportação regular”, explica.
Batista revelou que na safra 2016/2017 devem ser exportadas 72 milhões t de soja em grãos e 30 milhões t de milho. “Um terço desse volume deve ser escoado por Santos”, afirma. Assim, é fundamental que esse processo se mantenha sem transtornos.
O representante da Ecovias, Daniel Nunes, mencionou que a adequação e os melhoramentos, em conjunto com as obras já concluídas de reconfiguração do Trevo do km 55 (anel viário de Cubatão) e das terceiras faixas da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP 055), são de suma importância para manter a fluidez e a mobilidade da Rodovia Anchieta, assim como a melhoria na capacidade viária dos acessos à Cidade e região do Porto de Santos.
O superintendente de Operações Logísticas da Codesp, Osvaldo Freitas Barbosa, informou que a Codesp monitora o trânsito 24 horas por dia, utilizando vários sistemas, como o mapa interativo da Ecovias, os sistemas de câmeras do Porto de Santos e da Prefeitura de Santos.
Osvaldo explicou que todo caminhão que vem para o Porto de Santos deve ser agendado de forma a evitar o congestionamento motivado pelo excesso de veículos. O sistema utilizado para o agendamento dos caminhões, até novembro de 2016, era o de Gerenciamento do Tráfego de Carga (SGTC) que, a partir 1º de dezembro de 2016, foi substituído pelo Portolog – Cadeia Logística Portuária Inteligente, sistema desenvolvido pelo Serpro. O objetivo é que a substituição dos sistemas dinamize ainda mais o processo de agendamento através do uso intensivo da tecnologia da informação.