Reforma tributária exige reorganização logística: o que empresas do setor precisam fazer para se adaptar até 2026
Planejamento, tecnologia e gestão integrada serão fundamentais para atravessar o processo de transformação fiscal, defende Vasco Oliveira, CEO da nstech
 
Com a aprovação da reforma tributária, que começará a ser implementada em etapas a partir de 2026, o setor logístico brasileiro — responsável por 13% do PIB nacional — precisa iniciar um processo de reorganização estratégica. A avaliação é de Vasco Oliveira, CEO e fundador da nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina.
A nova legislação fiscal trará impactos significativos para as operações logísticas, afetando desde o fluxo de caixa até a precificação de serviços e a emissão de documentos eletrônicos, como o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e a Nota fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e). Neste cenário, segundo Oliveira, planejamento, tecnologia e gestão integrada serão fundamentais para garantir a adaptação ao novo regime. “A reforma tributária não é uma ideia distante: ela já está em curso, e os efeitos serão profundos. De transportadoras familiares a grandes operadores logísticos, ninguém ficará de fora”, afirma o executivo.
Com mais de 100 soluções em tecnologia e cerca de 75 mil clientes atendidos em toda a cadeia logística, a nstech reforça a necessidade de revisão de contratos, renegociação com fornecedores, reorganização financeira e, principalmente, automação de processos com apoio de sistemas inteligentes.
“O principal erro neste momento é subestimar o impacto da reforma e não tratar o planejamento como prioridade. A transformação fiscal exigirá agilidade, inovação e uma visão estratégica integrada de toda a operação”, conclui Oliveira.
O que muda?
A nova legislação vai transformar a forma como os tributos são apurados e recolhidos. O sistema passará a adotar um modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com cobrança no destino e não mais na origem.
Para o setor logístico, isso significa mudança no cálculo de créditos tributários e compensações financeiras; nova sistemática para emissão de documentos fiscais, como CT-e, CTe-Os, NF-e, NFS-e e BP-e, que exigirá sistemas atualizados e integrados; fim dos incentivos fiscais estaduais e redirecionamento de operações; aumento de alíquota efetiva (de 4% para até 28%) em alguns serviços e retenção de impostos e novo impacto no fluxo de caixa a partir de 2027.
“Estamos falando de uma mudança estrutural na forma como os tributos serão calculados e pagos. A preparação começa agora e vai até 2033 — por isso, é fundamental que as empresas construam desde já uma base sólida, com dados fiscais consistentes, processos padronizados e equipes capacitadas. Isso deve estar aliado a uma infraestrutura tecnológica capaz de integrar diferentes sistemas, automatizar a emissão de documentos fiscais eletrônicos e garantir conformidade em tempo real com as novas exigências”, afirma Oliveira.
 
Tecnologia e inteligência fiscal são aliadas no processo
Neste cenário, a nstech destaca o papel da tecnologia como peça-chave para a transição segura. Um exemplo recente é a emissão do primeiro CT-e autorizado em ambiente de homologação por meio do CT-e Prático, sistema da Bsoft, empresa do grupo nstech especializada em TMS para pequenos e microtransportadores. “Essa agilidade e adequação regulatória é exatamente o tipo de suporte que nossos clientes precisam para continuar operando sem interrupções”, completa o CEO.
Além de ferramentas fiscais, as soluções da nstech permitem que empresas simulem cenários, comparem regimes de tributação, revisitem processos e mantenham sua vantagem competitiva mesmo com o aumento da complexidade legal.
 
Para a nstech, a reforma tributária também representa uma oportunidade de renegociar contratos com fornecedores, rever cláusulas comerciais, modernizar processos financeiros e contábeis e educar o mercado a respeito de seus direitos e deveres fiscais. 
 
“A reforma tributária é, sim, um desafio, mas também uma oportunidade para revisar contratos, atualizar cláusulas comerciais, modernizar processos financeiros e contábeis e ampliar a educação fiscal dentro do setor. Nossa recomendação para os clientes, independentemente do porte ou segmento, é clara: organizem o fluxo das operações com foco em eficiência e conformidade. A nstech continuará dedicada à tecnologia logística, oferecendo soluções que impulsionem o crescimento sustentável, regular e competitivo das empresas”, afirma o porta-voz.
 
Com presença em 15 países e mais de 2,3 milhões de motoristas em sua base de dados, a nstech lidera a digitalização do supply chain na América Latina. E, diante da reforma tributária, se posiciona como aliada estratégica das empresas que desejam crescer, gastar menos e operar com segurança fiscal.
 




