Rodizio de pneus: uma prática eficiente que gera economia

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Equipe técnica da Vipal Borrachas aponta as vantagens da prática, que, quando feita adequadamente, equaliza o desgaste dos pneus e prolonga a vida do produto

Trocar os pneus do veículo de sua posição original, seja automóvel ou caminhão, é conhecido como rodízio. Assunto recorrente nos materiais técnicos e publicitários do meio automotivo, o tema é bastante discutido, inclusive se deve ou não ser feito. Aqueles que são contrários argumentam que a disposição de origem dos pneus deve ser seguida sem alteração. Já os defensores, se amparam naquilo que é evidente, ou seja: os resultados. Rodar os pneus de posição de tempos em tempos ajuda a equalizar o desgaste dos pneus e a prolongar a vida útil dos mesmos. Trocando em miúdos: gera economia.

Mas como fazer o rodízio dos pneus da forma adequada? Quando retirá-los para dispô-los em outra posição no veículo? Quando se trata de caminhões com pneus duplos, como fazer? Vanderlei Alban, Instrutor Técnico da Univipal, universidade corporativa da Vipal Borrachas, explica em detalhes para que você não fique dúvida quanto à prática.

Via de regra

Quando se fala em qualquer procedimento envolvendo pneus, é comum se estabelecer a diferença entre os segmentos, ou seja, se é pneu de automóvel ou de carga. No caso do rodízio de pneus, a regra geral é basicamente a mesma. Para começar, recomenda-se que isso seja feito, geralmente, três vezes durante a vida útil do pneu. De forma prática, aplica-se um cálculo para identificar a hora mais adequada. “Divide-se a expectativa de quilometragem do veículo por quatro para encontrar o intervalo em quilômetros que se deve considerar para o rodízio”, explica Alban.

Numa hipótese, o especialista cita o exemplo de um veículo em que os pneus têm um rendimento médio de 100 mil km. “Dividimos este valor por quatro e obtemos como resultado 25 mil km, valor este que deve ser considerado como indicação de rodízio. Neste caso, então, considera-se que, para cada 25 mil km que o veículo rodar, deve-se proceder novamente o rodízio”, exemplifica.

Fazer rodízio ou não fazer rodízio: eis a questão

No momento em que um veículo é desenvolvido, o projeto original é feito para que o peso e as forças dinâmicas que atuam sobre o mesmo sejam as mais uniformes possíveis para que a máquina funcione de forma estável e segura. Há duas formas de enxergar isso: positiva e negativamente. Aqueles que criticam o rodízio de pneus, dizem que, além de gerar custo ao motorista ou transportador, uma vez que realizá-lo exige um profissional especializado, o mesmo pode acarretar em setup, ou seja, deixar um veículo ativo indisponível. Outra justificativa é que, nos casos em que é preciso desmontar o pneu, isso pode danificar o mesmo, risco que aumenta quando a desmontagem é feita por alguém não especializado.

“Acontece que, durante a vida útil do veículo, ele sofre alguns desgastes naturais, que, somados com as condições das ruas e estradas, provocam desgastes irregulares aos pneus”, destaca Paulo Moraz, também Instrutor Técnico da Univipal. Estes desgastes irregulares, segundo ele, podem gerar vários malefícios, como diminuição da estabilidade do veículo, reduzindo a segurança na condução; diminuição significativa na vida útil dos pneus, item bastante explorado no setor de pneus; e aumento no consumo de combustível, assunto cada vez mais presente, principalmente no segmento de transporte de cargas e de passageiros.

Pequenas diferenças, grandes vantagens

O rodízio apresenta-se, assim, como uma alternativa para minimizar o impacto gerado pelo desgaste irregular dos pneus no veículo. E é aí onde começam a haver algumas pequenas diferenças técnicas no rodízio, dependendo do tipo de veiculo. Alban aponta que, nos carros de passeio, dependendo da configuração do veículo – que pode utilizar pneus assimétricos ou até mesmo modelos com medidas diferentes em cada eixo –, a eficácia do rodízio e a forma como deve ser feito varia bastante. “Por isso, nestes casos, recomenda-se que deva ser feita conforme a orientação do fabricante”, frisa. “Já no transporte de cargas ou passageiros o assunto é um pouco mais fácil, pois as variações são menores.”

No transporte de cargas, sempre que a configuração do veículo permitir, o rodízio em “x” é a melhor opção. Este tipo de rodízio consiste em combinar a troca do pneu em eixo e lado do veículo, formando uma linha imaginária em “x” entre as posições de troca. Ou seja, os pneus de um determinado eixo, que estão no lado esquerdo, passam para o lado direito do eixo seguinte do mesmo veículo e vice-versa. Se forem pneus duplos, o pneu que estiver do lado externo do veículo passa para o lado interno. Esta é a recomendação básica, mas, assim como nos veículos de passeio, também deve ser obervada a orientação do fabricante do veículo.

Manutenção preventiva. Sempre!

Como o rodízio atenua os desgastes irregulares dos pneus, normalmente originados pelos próprios desgastes naturais do veículo, é muito importante que se efetue a manutenção preventiva. “Tomar isso como prática ajuda a manter o veículo em boas condições, obtendo-se,  assim, os melhores resultados com o rodízio”, diz Moraz.

Procedimentos simples como manter a manutenção do pneu em dia (pressão, alinhamento, balanceamento), evitar o uso excessivo dos freios e o arraste lateral, além de impactos desnecessários em buracos ou guias são exemplos claros. “É altamente recomendável”, conforme indica o instrutor, que o “conserto de danos ou avarias seja feito por profissionais capacitados, assim como a desmontagem e montagem do pneu na roda”. Isso tudo contribui para que haja um maior rendimento dos pneus, maior eficiência com consumo de combustível e, consequentemente, segurança nas estradas e vias.

O fato é que, seguindo as orientações de quem entende e procedendo-se da maneira correta, o rodízio de pneus torna-se, naturalmente, positivo. E toda essa discussão a respeito de fazer ou não o rodízio se justifica totalmente quando o resultado é sentido no bolso.

Vipal Resolve

A Vipal Borrachas, na posição de líder na América Latina e uma das maiores fabricantes mundiais de produtos para a reforma de pneus, lançou no ano passado a Vipal Resolve, “a rede social do mercado transportador”, como já vem sendo chamada. A plataforma interativa ajuda os profissionais de gestão de frotas na resolução dos dilemas de sua rotina de trabalho. Dentre os temas que mais levantam questionamentos na Vipal Resolve entre os usuários estão temas como Rodízio de Pneus a Manutenção. Outros temas bastante procurados tem sido: Gestão de Pessoas, Desempenho Quilométrico, Economia de Combustível, Gestão de Pneus. Acesse: www.vipalresolve.com.br.