Tecnologia embarcada em caminhões busca reduzir custos dos alimentos para o consumidor final

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Tecnologia embarcada em caminhões busca reduzir custos dos alimentos para o consumidor final

Alta do ICMS e a flutuação dos preços dos combustíveis impactam diretamente o orçamento dos brasileiros
 

     

Alimentos como o arroz, feijão e o óleo de cozinha são essenciais na mesa dos brasileiros. No entanto, mesmo sendo produzidos no país, os preços desses alimentos sofrem alterações constantes devido a diversas variáveis econômicas. Uma dessas variáveis é o valor dos combustíveis. Isso ocorre porque, de acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 65% das mercadorias são transportadas por rodovias e o diesel representa cerca de 35% do custo desta operação logística. Apesar de produzir este produto, para atender a demanda nacional, a Petrobras precisa exportar petróleo bruto e posteriormente importá-lo refinado, comprando-o em dólar, o que encarece o combustível.

Outra variável econômica que reflete diretamente no preço dos alimentos e também dos combustíveis são os impostos. Em outubro de 2024, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou a atualização anual das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis e previu que o diesel ficaria mais caro nos postos a partir do dia primeiro de fevereiro, elevando a alíquota de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, representando um crescimento de 5,31%.
 

Neste mesmo período, a Petrobras anunciou o aumento do preço do diesel para as distribuidoras e o valor passou a ser de R$3,72, uma alta de mais de 6%. Como consequência, todos estes valores adicionais são repassados por toda a cadeia logística e acabam afetando o consumidor final.

A fim de encontrar solução estratégica para otimizar o consumo de combustível e reduzir as despesas de frete, sistemas de tecnologia embarcada foram criados e acoplados aos caminhões. Ao utilizar esta tecnologia, as transportadoras garantem maior controle sobre seus gastos, pois recebem atualizações em tempo real que possibilitam prever e corrigir ineficiências antes que se tornem prejuízo. Por meio destes dados, permitem-se análises integradas para que os gestores possam tomar decisões estratégicas, garantindo ações mais enxutas e rentáveis.

Com uma tecnologia que auxilia a gestão de frota em tempo real, a Gobrax reúne em um único software todas as informações essenciais para o monitoramento da operação. Como afirma Duani Reis, CEO da empresa, com o equipamento exercendo seu serviço, a companhia parceira consegue uma economia de diesel de no mínimo 4%, podendo chegar a 8%. “Para um caminhão que percorre cerca de 10 mil quilômetros por mês, isso representa uma redução média de R$2.000 mensais por veículo.”
 

Isso ajuda as transportadoras a tornarem suas operações mais econômicas e competitivas, criando um efeito positivo em toda a cadeia de suprimentos. Esse corte de custos no transporte pode refletir no preço final dos produtos e gerar um impacto ambiental positivo, que vai de acordo com a meta da Gobrax de economizar até 1 bilhão de litros de diesel até 2030, contribuindo para um setor mais sustentável e eficiente.
 

Outro ponto de relevância são os motoristas que realizam essas entregas. “O nosso maior foco é o motorista. Nós colocamos o condutor no centro da operação, fornecendo feedbacks em tempo real para que ele possa dirigir de forma mais eficiente. Com isso, garantimos um trabalho naturalmente mais produtivo e sustentável”, afirma o CEO.

Além disso, os instrutores de frota podem utilizar a ferramenta para oferecer capacitação personalizada com base nos indicadores de cada motorista, garantindo que a cadeia logística seja otimizada de forma contínua. Além de reduzir custos e melhorar a eficiência operacional, a tecnologia embarcada fortalece a competitividade das empresas no mercado e gera impactos positivos no preço dos produtos para o consumidor final. “Nosso objetivo é transformar informação em eficiência, reduzir custos e gerar impactos positivos em toda a cadeia de transporte”, conclui Reis.