Transporte e logística brasileira mediante os conflitos políticos e econômicos

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Transporte e logística brasileira mediante os conflitos políticos e econômicos

 

Preço do diesel, aumento do frete e repasse de valores são alguns gargalos enfrentados pelas empresas brasileiras

 

Pouco mais de um mês depois de registrado o primeiro ataque da Rússia contra a Ucrânia, foram implantadas diversas sanções econômicas para evitar ainda mais a preponderância dos russos visto sua decisão de dar início à guerra. Mas esses bloqueios na economia acarretaram diversas dificuldades financeiras em todo o mundo, inclusive no Brasil, em especial na logística e transporte. Desde 24 de fevereiro os preços de diversas commodities no mercado dispararam. A cotação internacional do trigo subiu 45,3%, o preço do barril saltou 34,3% e também ficaram mais caros o milho (10,3%), o açúcar (4,9%) e o alumínio (4,2%).

As sanções de americanos e europeus impostas à Rússia colocam o Brasil numa condição desconfortável para um produto essencial para o setor, que é o preço do combustível, que tem oscilado com tendência de alta. Trinta e cinco por cento da composição do custo operacional do transporte rodoviário são de diesel. Na navegação, esse número varia entre 40% e 50% do frete marítimo, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Os dois países que representam esse conflito são potências no mercado mundial: a Rússia é detentora da terceira posição neste ranking (com 12%) de maior produtor de petróleo no mundo segundo a elaboração do Instituto Brasileiro de Preparação Educacional (IBPE) com dados de São Paulo; já a Ucrânia é considerada um dos maiores produtores agrícolas. Porém, além desse fator, ambos os países são grandes parceiros comerciais do Brasil em relação à venda de fertilizantes e potassa para as agroindústrias do país.

Para Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística, esse bloqueio de exportações e importações trará complicações aos brasileiros, tendo em vista que a falta de fertilizantes pode ser o maior agravante. “Podemos ter uma falta de fertilizantes, que provocará uma diminuição da produção e um aumento na demanda (visto que teremos um player a menos no mercado, ou dois se forem consideradas sanções à Rússia). O que vai acontecer com os custos dos produtos no mercado? Definitivamente podemos esperar um aumento nas gondolas”.

O solo brasileiro também se prejudicou consideravelmente com esse conflito devido ao aumento dos combustíveis, já que o barril de petróleo chegou a ser cotado a US$ 130 devido à guerra, sendo o maior registro da história em sete anos e obrigando a Petrobras a fazer reajustes consideráveis. Isso tudo acarreta diversas infrações, principalmente para as empresas transportadoras, que necessitam repassar esse aumento para os consumidores finais.

Mesmo com essa dificuldade, acredita-se dentro das empresas do setor de transporte e logística que a preocupação da organização empresarial pode ser o ponto crucial para driblar essas dificuldades. Vale ressaltar que esse assunto vem sendo debatido diariamente, visto que a pandemia ao longo dos últimos anos redobrou a atenção dos empresários quanto à economia.

Isso não vai mudar de uma hora para outra, mas será necessário sempre buscar a evolução. “É necessário termos cada vez mais domínio sobre os nossos custos e sobre onde não podemos errar. Também precisamos saber a hora de recuar e principalmente conversar com nossos parceiros comerciais, pois estamos todos interligados”, complementa o executivo.

O mérito que envolve toda essa situação não engloba somente a questão da guerra, mas também da pandemia da covid-19, que além dos gargalos enfrentados no transporte e logística trouxe uma reflexão ainda maior com os problemas e limites apresentados ao longo deste período. Isso, inclusive, pode servir de lição para conseguirmos passar por mais um “bombardeio”.

O gerente administrativo da TKE comenta que, devido a esses acontecimentos, não vamos poder deixar passar a oportunidade de nos reinventarmos, pois ainda existem diversos princípios a serem seguidos. “Talvez essa seja a melhor hora de termos nossas organizações mais preparadas estrategicamente, repensando a estrutura empresarial, implementando novas tecnologias e, claro, dando mais valor àqueles que estão à nossa volta”, finaliza Franco.

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Sobre Franco Gonçalves:

Franco Gonçalves, diretor administrativo da TKE Logística. Formado na Universidade do Sul de Santa Catarina em Administração, Negócios e Marketing, além de receber a oportunidade de realizar um curso de extensão na Itália na St. John International University, em Vinovo-TO. Bacharel em Publicidade pela ULBRA. Especialização em Finanças e Controladoria, Administração e Negócios na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 2018. Atualmente MBA em Transporte Rodoviário de Cargas, Administração e Negócios na Católica de Santa Catarina — Centro Universitário. 

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Grupo Mostra de Ideias 

Rodrigo Bernardino

Assessor de imprensa 

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