Logística no e-commerce deve ir muito além de entregas de produtos
* Por Renata Cavalcanti, head de vendas na BBM Logística
O comércio eletrônico já faz parte da vida de muitos brasileiros, que passaram a aderir ainda mais a essa modalidade do varejo na pandemia. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a expectativa para este ano é de que o faturamento do e-commerce seja de R$ 204,2 bilhões, contra R$ 185,7 bilhões do ano anterior.
Nesse cenário de crescimento, os varejistas sabem que a satisfação do cliente é um pilar fundamental para o sucesso do negócio e isso torna evidente que a gestão da logística tem um papel crucial nesse processo.
No mercado altamente competitivo do comércio eletrônico, a velocidade da entrega desempenha um papel crucial na satisfação do cliente. Uma logística bem planejada e executada garante que os produtos sejam entregues no prazo estipulado, atendendo às expectativas dos clientes e aumentando sua confiança na marca.
Porém, o papel do transportador é muitas vezes subestimado, sendo visto apenas como prestador de serviço ou como um custo.
Vital para o sucesso das empresas de comércio eletrônico, a logística atua como a espinha dorsal que sustenta todo o processo de compra on-line. Ela não apenas garante que os produtos cheguem aos clientes de forma eficiente, mas também desempenha um papel estratégico na construção da confiança e na retenção de clientes.
Dessa forma, fica claro que o transportador desempenha um papel crucial, não apenas como um mero executor de entregas, mas como um parceiro estratégico que pode agregar valor significativo à experiência de compra.
A importância do transportador como parceiro reside na sua capacidade de influenciar diretamente a percepção do cliente sobre a marca. Uma entrega rápida, segura e eficiente é muitas vezes o último contato do cliente com a empresa, e uma experiência positiva pode reforçar a lealdade e incentivar compras futuras. Por outro lado, atrasos ou danos durante o transporte podem resultar em insatisfação e perda de confiança.
Ao reconhecer os transportadores como parceiros estratégicos, as empresas podem trabalhar em conjunto para otimizar processos, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional. Isso pode incluir a implementação de sistemas de rastreamento avançados, o desenvolvimento de estratégias de roteamento mais eficientes e, futuramente, a utilização de tecnologias inovadoras, como drones e veículos autônomos, para melhorar a velocidade e a precisão das entregas.
Claro que também não posso deixar de mencionar que a colaboração entre empresas e transportadores pode reduzir custos e aumentar a eficiência, o que é especialmente relevante em um mercado cada vez mais competitivo como o varejista, em que agilidade e preço são elementos fundamentais.
O gerenciamento eficiente de estoques, a otimização de rotas de entrega e o uso de tecnologias avançadas, como sistemas de rastreamento em tempo real e análise de dados, permitem uma utilização mais eficaz dos recursos e uma redução significativa nos custos de transporte e armazenagem.
Uma logística eficiente viabiliza um processamento rápido de pedidos, gerenciamento mais eficaz do inventário e a redução de custos operacionais. Isso se traduz, na ponta, em preços competitivos e prazos de entrega mais curtos, o que é crucial para satisfazer as expectativas dos consumidores.
Concluindo, é preciso ficar claro que o transportador não deve ser visto como um simples custo operacional. A logística não é apenas sobre o transporte de produtos, é uma parte integrante da estratégia de negócios que afeta a experiência do cliente, a eficiência operacional e a posição competitiva da empresa no mercado de e-commerce.
Ao ser visto como um parceiro, o transportador contribui significativamente para aprimorar a experiência de compra dos clientes. Esta parceria não só fortalece a imagem da marca, mas também impulsiona o crescimento sustentável das empresas de e-commerce e varejistas, criando um ciclo virtuoso de satisfação e fidelidade do cliente.