Plano Nacional Logístico prevê nove cenários com investimentos entre R$ 400 bilhões e R$ 800 bilhões até 2035

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Plano Nacional Logístico prevê nove cenários com investimentos entre R$ 400 bilhões e R$ 800 bilhões até 2035

Nesta sexta (22), o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, apresenta suas avaliações da área e perspectivas para o próximo ano na Paving Hybrid

O Plano Nacional Logístico (PNL), elaborado pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística), prevê nove cenários para a área até 2035, com investimentos estimados entre R$ 400 bilhões, no panorama mais desafiador, e R$ 800 bilhões, no mais otimista. A informação foi dada por Arthur Luis Pinho de Lima, presidente da EPL, durante a Paving Hybrid, que vai até sexta-feira, dia 22 de outubro, no Expo Center Norte.
“O PNL mostra grandes possibilidades de transformação do Brasil, ao englobar todos os modais, apresentando cenários, no qual colocamos os empreendimentos que melhor se adequam a cada um deles e seu impacto no desenvolvimento do Brasil ao longo prazo. O nosso objetivo é contribuir para a manutenção e aumento da entrega do governo brasileiro. Por isso, os cenários podem ser revistos continuadamente”, explicou Lima.
A previsão do PNL é que o setor privado contribua com recursos de pelo menos de R$ 200 bilhões em todos os modais de infraestrutura. Na avaliação de Lima, o PNL é importante também para mostrar para onde o Brasil vai crescer, orientando os investidores e as empesas em quais áreas serão mais interessantes para realizar os aportes financeiros.
Ele contou ainda que a EPL iniciou estudos para realização de parcerias público-privadas dos aeroportos da Região Norte, a fim de promover o desenvolvimento local e trazer mais qualidade de vida para a população; e para a concessão do Porto de Itajaí, que poderá ampliar também o crescimento econômico e social em Santa Catarina.
Outra iniciativa da instituição é o fechamento de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com Santa Catarina para a realização de uma concessão rodoviária no estado nos mesmos moldes do que está sendo previsto para a concessão das rodovias paraenses. Em termos de próximas concessões Lima ressaltou que, além da concessão da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) em outubro, também está prevista a concessão da BR-381 ainda neste ano.
Ações do Ministério do Desenvolvimento Regional
Na sequência, Daniel Ferreira, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), trouxe informações sobre as ações da pasta nas áreas hídrica, habitação, mobilidade urbana, desenvolvimento regional e saneamento. Somente na gestão do atual Ministro, Rogério Marinho, o MDR entregou 8,1 mil obras, o que equivale a 15 obras por dia, e manteve 5,5 milhões de empregos diretos e indiretos.
Ele ressaltou que o objetivo do Ministério é não deixar obras paralisadas, buscando concluir os projetos. Além disso, o MDR também desenvolve ações estruturantes para promover as condições básicas para o desenvolvimento das regiões; realiza parcerias com o setor privado para construção de soluções para os problemas estruturantes; procura novas abordagens para a solução de problemas atuais, como por exemplo, para dar mais autonomia às pessoas no Nordeste brasileiro, que hoje estão dependentes dos carros-pipas, que estão em execução há mais de 20 anos.
Sobre os projetos, ele citou a transposição das águas do Rio São Francisco; o Programa Águas Brasileiras; o Casa Verde e Amarela, os projetos para desenvolvimento urbano, como as concessões na iluminação municipal; as ações na área de saneamento; e a concessão do primeiro perímetro irrigado no Baixio do Irecê, na Bahia, sendo o maior projeto de irrigação da América Latina, com 31,5 hectares irrigáveis e investimentos previstos de R$ 700 milhões, além do R$ 1 bilhão já investido.
Situação fiscal e investimentos em infraestrutura
A retomada da economia e a atratividade de investimentos estrangeiros passam por três pontos fundamentais: situação fiscal, inflação e reformas estruturantes. Um exemplo trazido por Pablo Spyer, CEO da Vai Tourinho, foi a Bolsa de Valores que está em queda, nesta quinta-feira, dia 21 de outubro, por conta da preocupação do mercado com a possibilidade do estouro do teto de gastos.
“O câmbio está atrativo para o investidor estrangeiro, mas é preciso deixar claro que não haverá qualquer risco de não cumprir com a situação fiscal”, disse Spyer, que acrescentou que ter risco fiscal causa receito e desinteresse por parte desses investidores. Segundo ele, atualmente, a bolsa brasileira está com o pior desempenho global, por isso a importância de resolver essa questão.
Outro ponto é a inflação que, conforme explicou Spyer, está preocupando o Banco Central e, por isso, há a intenção de subir ainda mais a taxa de juros. Além disso, há também as expectativas quanto às reformas tributária e administrativa e a realização das privatizações.
Respondendo os questionamentos do radialista Rogério Morgado e do público presencial e online, Spyer comentou que as debêntures de infraestrutura incentivadas podem ser uma boa opção para investir na Bolsa de Valores, mas ele alertou que é fundamental estudar cada projeto para ver se a empresa que está por trás desse fundo é sólida e saudável.
Na Paving Hybrid, Paulo Gontijo, presidente da Strata Engenharia ministrou palestra sobe as inovações tecnológicas para auscultação e monitoramento de pavimentos em rodovias inteligentes, como transverso perfilógrafo a laser e o scanner laser pegasus II. Outro destaque da programação são as apresentações da Learning Session.

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